sábado, 31 de janeiro de 2009

1 bala no cérebro do sistema de saúde brasileiro, por favor

Uma criança entra em casa chorando, a cabeça sangrando, sem entender nada como é comum para qualquer menino de três anos.
Os pais o levam no hospital público, aonde eles não teriam de pagar para o atendimento, afinal eles não são bem providos de grana; pois bem, depois de algumas horas o guri é mandado de volta à casa, afinal ele "deve ter levado apenas uma pedrada" ou algo assim.
As dores de cabeça continuam e os pais resolvem pagar uma consulta particular. A criança só podia mesmo estar com muito dor: uma bala estava alojada em seu cérebro e foi atirada lá pelo seu tio que agora responde a porte ilegal de armas e homicídio [se não me engano].
1- Não sei ainda se foi querendo ou não, mas de qualquer jeito o tio merece arcar coma s consequências, afinal como manipula uma arma perto de uma criança?
2 - A questão não é nem o porte de arma ou a irresponsabilidade do tio, mas a irresponsabilidade e descaso do primeiro hospital ao qual o garoto foi levado. Belo espelho da saúde pública brasileira.
Ainda bem que a criança foi forte e deu uma mãozinha para obrar o próprio milagre. Ele já recebeu alta e está bem. Entretanto, é bom lembrar que essa sorte é rara e que é necessária um sistema hospitalar público realmente eficiente. A próxima vítima pode ser fatal.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Yes he can!

O assunto do mês tem um nome: Barach Hussein Obama.

Sim, é esse o nome do atual presidente dos Estados Unidos da América [como se a América fosse deles ¬¬]. Esse nome não lhe lembra nada? Barach Hussein [um certo ditador deposto pelo governo estadunidense] Obama [lembra o nome do terror de 11 de setembro e dos próximos 30 anos]. Irônico? Não, não! Irônico seria se George Bush tivesse esse nome.

Obama, como diriam meus amigos do gueto [e eu mesma], já chegou chegando. E chegou com uma carga de oito anos de decadência em cima dos ombros. Chegou com o peso de reerguer a considerada mais poderosa nação do mundo e ainda, de resolver os problemas das outras nações [lembrete aos outros países: ele primeiro tem de resolver os problemas de casa e essa faxina pode demorar...].

Analisando os últimos anos americanos, cheguei a conclusão de que o povo do USA [ele usa você também?] é burro, mas tem salvação. Após anos de estabilidade econômica, financeira e de superávits no governo democrata de Bill Clinton [que a despeito dos casos extra-conjugais levantou o seu país], o povo americano escolhe o filho de outro trapalhão, ninguém menos que George Bush Jr. que com sua política neoliberal de governo republicano e de burradas maiores do que o país pôde suportar, deixa o poder com duas guerras, uma recessão e muitas tentativas frustradas de matar um tal Obama... quer dizer... Osama . Parabéns, povo americano, vocês pediram. A América para os americanos, não é? Fico imaginando como seria se em vez da mente brilhante aí, tivessem escolhido Al Gore para a presidência... Bom, mas eles demonstraram que não são um caso perdido e optaram por mais um democrata.

E agora? Será que eles acham que Obama vai entrar na casa branca, soltar purpurina e tudo vai voltar ao normal? Esses americanos precisam parar de ir à Disney e entender que a Sininho não existe. Faith, trust and pixie dust isn’t all you need at all! O primeiro presidente negro tem muito trabalho duro a fazer. Tem que varrer a casa verdadeiramente e tirar aquela poeira debaixo do tapete. Ele já começou. Desfez algumas medidas tolas do tolo governo do Bush, mas pode levar anos até a economia do país estabilizar-se e até os efeitos da guerra se esvaírem.

É muito peso para um homem só e eu o admiro por isso. Admiro esse homem que está dando a cara negra [aposto que a ku klux klan não votou nele] a tapa para devolver o american way of life aos seus conterrâneos.

Que maior ironia do que, em um país preconceituoso e rico, o seu messias ser um negro keniano? Avante, Obama! A América é de um Africano.

Nota mental: Mesmo assim não me espantaria se na próxima eleição, em vez de escolherem a senhora Clinton, por exemplo [ou mesmo Michelle Obama, porque não?], os estadunidenses escolhessem Bush Neto [tem um Bush neto? Espero que não!].


Nota mental 2: Alguém concorda que a melhor parte do governo Bush tem relação com um par de sapatos iraquianos? =x


Gráfico para descontrair ;]



W.A.M.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conversar está fora de moda

Conversa. Diálogo. Confabular. Bate-papo. Discussão. Pôs os pingos nos is. Falar a outrem.
Algo tão simples e tão fácil, contudo tão aterrorizante que alguns teimam em buscar subterfúgios para fugir de uma simpels conversa. São poucos os que ainda gostam de conversar claramente sobre algo mais do que seus feitos memoráveis ou os acontecimentos engraçados da vida. São menos ainda os que não buscam evasivas chinfrins.
Ser transparente é algo que assusta, afinal todos estamos acostumados com inverdades ou meias-respostas. A transparência de uns deixa débeis os outros que temem ver o outro lado do próximo, pois não querem que os 'uns' vejam o lado que esconde-se a 7 chaves e um segredo no seu cofre particular de carne e osso.
Seria tão mais fácil se conversas fluíssem como fluem as águas de um rio. Não precisa secar, muito menos precisam da força e rebeldia de uma pororoca. Apenas uma conversa tépida e traquila [já sem o trema] levando os maus-entendidos, ou simplesmente aquelas conversas que dão intimidade a outrem e que acalentam uma amizade.
Em termo de conversas minha vida está secando e ficando desinteressante, antes uma pororoca.

W.A.M.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A mais verdadeira amizade



Uma vez eu provoquei uma certa polêmica ao afirmar que mulheres são dissimuladas e homens mais confiáveis. Inclusive, ontem mesmo escrevi isso neste blog e uma amiga se opôs. Bom, não retiro o que disse, meu histórico não deixaria.

É só olhar para trás e ver todas as pessoas em quem confiei, protegi, que me estenderam a mão. Quase todos homens. Homens com suas amizades sinceras e sem pedir nada em troca além de um bom abraço e companhia. Homens que me escutaram, fizeram-me rir e choraram comigo. Homens que protegi, amei, impliquei e abracei.

Talvez a minha empatia incrível com amigos homens não seja por acaso. Talvez meu instinto protetor prevaleça e eles despertem em mim uma vontade de abraçar e protegê-los. Ou ainda possa ser eu aquela que precisa de proteção e só a ache nos braços fortes de amigos do sexo masculino.

Você já parou pra pensar com quem você se sente mais a vontade? Eu olho pros lados e vejo mulheres fúteis e quando não, fofoqueiras, dissimuladas, venenosas, talvez eu até o seja também, mas ao redor dos meus meninos, segurando suas mãos, eu me sinto a Wânyffer que nunca cresceu, mas que quando ele precisarem vai crescer para ajudá-los. Sinto-me livre e desempedida. Sei que ao lado de um dos meus meninos ninguém pode me ferir e eu posso ser eu, eu assim, verborrágica, brincalhona, elétrica, sincera, sarcástica, criança.

Talvez a empatia que me acomete quando encontro amigos mesmo [e geralmente sou má interpretada] seja porque sou um deles. Sou um moleque vadio que ainda brinca de bola e vídeo-game, que vê desenhos e fala a verdade. Você mulher a ler pode estar aterrorizada pensando: “Homens não prestam”! Todavia não falo de homens no seu sentido, falo de amigos corajosos o bastante para se deixarem levar por mim, me amarem e deixarem que eu os abrace intensamente sem pensar em mais nada.

A todo canto que vou eu encontro amigos homens, mas não é questão de escolha, é questão de empatia e eu fico grata por isso.

[Por falar nisso, ontem foi aniversário do meu melhor amigo e eu sei que ele lê minhas besteiras. Parabéns, bebezão!].

W.A.M.

Oh show us the way to the next wisky bar

Antagonismo. Oposição. Incompatibilidade. Contradição. Antítese.
É isso que sou.

Quando rio nem sempre estou rindo.
Com quem mais implico é quem mais gosto.
Quando eu digo sim, geralmente é não.
Quando eu digo não, é... talvez quase sempre seja não.
Prefiro amizade de homens.
Prefiro preto ao rosa.
Prefiro bons amigos a namorados.
Quando eu choro geralmente é de felicidade.
Quando eu grito, também.
Quando eu falo normalmente, é por raiva.

Nada disso é porque eu quero.
Eu rio sim, pra que chorar?
Eu implico sim! Quem implica se importa.
É sempre mais fácil de dizer, não é?
Mulheres são traiçoeiras. Homens também, mas só se você for mais que amiga, senão, eles são incríveis.
Preto é sempre melhor.
Namorados passam, amigos espera-se que não.
Minha emoção é externada de maneiras estranhas, mas pelo menos as tenho.

Em um dia de notícias ruins e lembranças piores, quando amigos estão longe... ouvir a voz do melhor amigo, ver uma peça, ser lembrada por três pessoas queridas, ganhar um presentinho significativo de um amigo fazem a diferença mesmo que o dia termine triste para uma pessoa feliz.

W.A.M.

Ri e Ro *If I were a boy ao fundo*

Ontem chegou a mim uma notícia no mínimo bizarra.
O Bich... é... Richarlison está sendo cotado para jogar no [Todo Poderoso] Corinthians. Para quem não sabe, essa moça, Richarlison, ele prefere ser chamado de moça, é um homossexual [vide vídeo de Vanessão no iutubiu], fez história no time mais alegre do Brasil, o São Paulo [todo mundo sabe que não sou preconceituosa, mas zoar com são paulino quanto a isso é muito bom].
Você deve conhecer o moço[a]. O Fantástico fez até uma matéria exclusiva com ele só para enfatizar a declaração que ele não é gay [sim, muitas vezes meus colegas jornalistas tem um grande NADA a fazer e se empenham em notícias que com certeza contribuem demaaaaaaaais para a edificação da sociedade ¬¬].
Ora, vejamos a situação:
De um lado temos o tricolor [ou multicor] Richarlison. No outro temos um rapaz alegre com uma fenomenal concentração de tecido adiposo incomum para atletas e que foi visto, há certo tempo, com 3 moças [que também preferiam ser chamadas de moças, mas eram travecos] em um motel.
Não pegou ainda, caro lento leitor? Ou isso não dá certo, ou vai dar certo até demais.

Como fiel corinthiana desde que ainda fazia xixi na cama e via o grande Ronaldo [o goleiro] jogar [espaaaaaaalma Ronaldo], tenho minhas reivindicações e observações:
1 - Por favor, diretoria do [Todo Poderoso] Corinthians, tenha dó! Quando escolherem algum jogador para o [Todo Poderoso] Corinthians escolham de times cariocas, baianos, até do Tabajara. Aliás! Até do Santos [afinal, por favor, rivalidade de verdade só com Palmeiras e São Paulo, né? Santos é rival de ninguém]! Do Tricolor não dá! Você que me lê, imagina Sócrates jogando no Santos e o Pelé no Corinthians? Não? Nem eu!
2 - Do jeito que a coisa anda a fama de bambis dos são paulinos se voltará contra nós Gaviões do Parque São Jorge [tá que aqui também tem muito rapaz alegre, mas, como já disse, bom de zoar é com eles]!
3 - Pelo menos, o [Todo Poderoso] Corinthians não vai ter problemas com jogadores saindo da concentração para noitadas, não é? Diversão, o Richarlison e o Ronaldo encontrarão juntinhos [to até ouvindo tocar "If I were a boy" da Beyoncè de fundo]. u.u

Bem, se tudo não der certo, o jeito é dar boas-vindas para a melhor dupla do meio-de-campo [sei] paulista: Ri e Ro. Deu foi certo.
Por falar nisso, alguém viu o novo penteado do Ronaldo? Será que alguém pode dizer para ele parar de cortar o cabelo com aparador de grama e o apresentar à máquina 0?



Wânyffer Araújo Monteiro,
corinthiana tendo o seu
momento de Nelson Rubens!
Destilei meu veneno, beijos!

O estranho da moto

Mais um dia rotineiro e cansativo da minha vida e eu lá na parada de ônibus esperando e esperando um tal parangaba/papicu que teimava em não vir. Fatigada, encostei-me no poste da esquina, afinal não sou put... é... não sou mais tão nova pra ficar dando sopa na esquina e criando varizes.

De repente, sobe uma moto na calçada e pára ao meu lado:
_ Moça, não fica encostada no poste, não!
_ Ahn? *cara de ahn*
_ Moça, não fica encostada no poste, não!
_ *cara de ahn*

_ Se você ficar aqui, um carro pode vir e bater no poste e lhe esmagar junto.
_ ahh... *cara de ahn e afastando-se beeeeem lentamente do poste*
_ Desculpa, eu digo isso porque uma amiga minha já...
_ Ah! Tudo bem! Obrigada, viu? *cara de ahn e ainda afastando-se*

E ele foi embora. Bom, foi um pouco estranho e incomum, mas eu fiquei agradecida por haver ainda pessoas tão preocupadas com o bem-estar de outras. Isso foi no começo da semana e ainda não me enconstei no poste outra vez.
Há pessoas que simplesmente se importam com as outras e não ficam apenas preocupadas com o horário do ônibus ou em seguir seus caminhos.
Obrigada, moço estranho da moto, você pode ter salvo minha vida. Sabe-se lá...

Tirinha de hoje:


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Informativo

Esse post é para informar que Poly Jomasí, Clark Ribeiro, Natália Régia e Aline Campêlo já estão na minha vida pra nunca mais sair. Ai de vocês se tentarem!! ¬¬

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Hoje eu cantei na chuva


Não, o título do texto não é apenas uma relação ao grande "Cantando na chuva" e nem falarei apenas de como queria ser o Gene Kelly. Hoje, eu fui o Gene Kelly.
Qual é a sua rotina? Você acorda, vai trabalhar, almoça, volta ao trabalho e à noite tem horário para ler, comer e para ver a novela? Estamos tão acostumados à rotina que quando algo dá errado ou muda é como se quebrasse nossas pernas e perguntasse-mo-nos: "E agora? O que eu faço das 9:30 às 11h"? A resposta está bem aonde não pode-se enxergar, ou não queremos ver.
Por que não aproveitar o tempo que nos foi oferecido para fazer algo que gostamos e não fazemos há muito tempo, mas fazê-lo como se fosse a primeira vez?
Hoje nenhum compromisso foi desmarcado e eu não tive espaços vazios pela manhã, mas algo reconfortante e acalentador quebrou minha rotina: a chuva. Saindo do consultório médico a chuva irrompeu como se tivessem jogado de uma vez lá do céu provocando uma forte pancada no solo. Ela veio avassaladora e em outros dias, mesmo com guarda-chuva, eu a esperaria passar, mas não o fiz. Deixei o guarda-chuva na bolsa e pus os pés na rua. Fui caminhando e me encharcando, a chuva era tão forte que as ruas haviam virado correntezas, mas não me aturdi, deixei as águas rolarem e rolando pelo meu corpo elas levaram todos os pensamentos, não só os ruins, mas também todos os outros. Deixei o ônibus de lado e fui à pé, o que custava levar mais tempo para chegar a casa? Os únicos pensamentos que remanesciam na minha mente mundana eram a lembrança de um filme e a melodia de sua música principal e por um momento lembrei de um certo exercício feito pelo Aldrey [amigo e orientador vocal] em um ensaio ontem e deixei a música me levar e, literalmente, cantei na chuva. O guarda-chuva na mão, a água pelo corpo e a melodia no coração. Cantei "singing in the rain", depois "New York New York" e mais alguns tantos sucessos do mestre Sinatra tão pouco conhecidos.
O medo me acometeu só por um instante quando lembrei que poderia fazer mal à garganta, mas continuei, eu havia tomado o Targifor C recomendado pelo médico ao acordar ^^. Fiz bem em continuar, afinal há quanto tempo não tomava banho de chuva [ok, eu tomei na sexta e inclusive escrevi sobre isso aqui, mas não foi tão intenso. Vide texto: "Um tênis, um jeans, uma vontade e ela"]?
A chuva foi se dissipando e eu diminuindo meus passos e cantando "Strangers in the night" e "Love is for the way you look at me" e senti-me em mais um exercício teatral. A minha velocidade foi diminuindo e o nível era mestrado pela chuva.
Cheguei em casa ensopada, roupa encharcada, cabelo embaraçado, óculos embaçado e a alma límpida e serena.
Bem-aventurada seja a chuva, pois ela vem do reino dos céus e leva-nos a ele se deixar-nos levar.
Hoje eu fui Gene Kelly, mas quem sabe amanhã eu não viro Ginger Rogers? Alguém aí quer ser Fred Astaire? "Shall we dance"?
;D

W.A.M.


Tirinha de hoje

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ostra feliz não faz pérola


O título do texto, assim como ele inteiro, é uma espécie de comentário às linhas escritas pelo Elih {vide o link do blog "Diarréia espacial" do lado esquerda da minha página}. O texto vem de uma entrevista com o Rubem Alves, na qual ele diz que "ostra feliz não faz pérola". Para entender a relação feita, o Elih explicou muito bem: "Quando um grão de areia entra numa ostra acontece uma espécie reação alérgica. O grão de areia fere a ostra. Para se proteger, 'ela faz' um tumor. Esse tumor é a pérola. Ou seja, ele quis dizer que quem não sofre nunca contribuirá com as artes".
Concordo com Rubem e com meu amigo, realmente a arte vem de algo muito maior, vem também do sofrimento, da angústia transformada na vontade de se livr
ar de tudo de ruim que invade a mente. Entretanto, será que não é possível enxergar que sem sofrimento não há felicidade, portanto quem sofre é feliz?
O artista é 1 sofredor por natureza. Ele interioriza seus sofrimentos e os transforma em beleza de textos, atuações, danças sem fim. Isso não quer dizer que não haja felicidade. Ao transformar a tristeza em arte não se faz mais do que transformar a dor em algo de que se deleitar, vangloriar, amar e se sentir bem e feliz.
A arte é intensa como deve ser a felicidade e o sofrimento. Todos nós sofremos e o que parece ser avassa
lador para mim é uma besteira para você, mas é de cada sofrimento e de cada experiência de vida que se constroem personagens, passos, poesias e sobe-se a estrada da intensidade [vide meu texto "em busca da intensidade"].
Agradeço a Deus por ter alma de artista. Aquela alma inquietante que não se satisfaz com nada e tudo nunca está bom. Aquela alma de quem sente algo ruim e escreve, porque não importa quem leia ou o que pensem, se aliviará e estará bem ao marcar o ponto final. Aquela alma de quem estressou-se durante o trabalh
o, mas ao chegar no palco de madeira transforma a cara de dor em um sorriso magistral simplesmente por respirar aquele ar. Uma alma que canta para se desafiar e superar. Aquela alma curiosa de artista que percorre todos os campos possíveis.
A minha arte se cofunde em todas as supra-citadas e o que você diria? Que eu sofro mais que os personagens de Edgar Allan Poe? Talvez sim, talvez não. Eu diria que eu sou feliz por me aventuro em todas as artes que amo e que até você Elih, querido, é feliz.
É muito fácil reclamar, isolar-se, fugir de si mesmo e até se matar [grandes artistas o fizeram ou se muti
laram], mas o difícil é enfrentar os palcos da vida e pintar nela o seu auto-retrato. Dançar sobre o sofrimento e cantar mais alto do que os prantos.
Sim, ostra feliz não faz pérola, mas depois de formada a pérola é transformada em um belo colar e a ostra pode voltar a ser feliz.

Enquanto reclamamos, tem gente morrendo de fome na África [interna]. XD



W.A.M.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um tênis, um jeans, uma vontade e ela


O corpo exala o odor de tempos pecaminosos e solitários. Um all star sujo e furado. Uma calça rasgada pelo tempo. Uma vontade gastada de realizar.
Pelas ruas cor cinza da metrópole, ela vaga. E chove. Mas não importa-se com a chuva. Tanto faz. Na verdade, que bom que chove essa água fria que vem daquele lugar ao qual ela quer chegar e acaricia o corpo fazendo massificar o cheiro ruim do nada.
Ela quer se esconder. A natureza não deixa. A pele alva destaca-se entre os sóbrios tons de cinza da cidade e ela canta. "Eu quero uma casa no campo, onde eu possa fazer muitos rocks rurais". Que canção tola para ser lembrada em tal momento. Quase tão tola quanto ela.
Ela chora. Ah! Que bom que chove! A chuva é uma boa maquiagem para o seu estado e a moça deixa-se iludir mesmo sabendo que não há como disfarçar um sentimento.
A rua deserta parece falar. Mais que falar! Ela ora a um força maior que ela, maior que a garota. Ora para que mais pés vestindo tênis velhos ou mesmo pés ainda despidos pisem naquele chão e deixem-se lavar. E deixem-se levar.
Ela está se deixando levar.

W.A.M.

Tirinha de hoje

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Viva as diferenças

Seja no Brasil ou em qualquer outro ponto do mundo, as diferenças persistem. Não falo apenas de diferenças de raças ou religiões, mas de personalidades.
Você deve ter aquele amigo sensível e romântico, aquela fofa e delicada, aquele cortante, o irritado e o irritante, ainda há aquele que nunca sorri, ou o que fala sempre a verdade.
E você com certeza já deve ter tido problemas tentando não magoar o sensível, não ser grosso com a doce menina, apaziguar humores e em ouvir a verdade.
Ah! A cruel dor de quem escuta a verdade! Não, amigo, ela não é maior do que a dor de quem fala a verdade, de quem tem gênio forte [ou gênio ruim, como diria mamãe], a dor de quem ama, mas não consegue segurar a cachoeira de palavras que deságuam pela boca. Palavras que para essa pessoa são bobas e incapazes de lesar, mas que ferem e se o cruel infrator verborrágico tiver um pedaço de coração batendo, vai sofrer e vai sangrar.
Conviver com diferenças não é fácil, mas é recorrente apontar o dedo na cara de outrem e dizer: "você precisa mudar"! Não, amigo, ninguém precisa mudar, apenas adaptar-se. E que parte difícil essa, não? Adaptar-se ao jeito dos outros, controlar-se, engolir aquela piadinha irritante que fica na ponta da língua e isso tudo sem mudar.
Sabe o que descobri? Você acaba mudando sim. E isso não é ruim, você sempre tem algo a melhorar e esse é o primeiro passo, mas a essência ninguém perde, essa não muda.
Quem me onhece sabe que há muito de mim nesse texto e não é nas entre-linhas. Dói ouvir um amado dizer que foi magoado por você. Dói ser irritante quando o que você está fazendoé ser você mesmo.
Alegria irrita. A verdade irrita. Palvras irritam. Eu vos digo que pessoas sim irritam. Irritam pelo simples fato de existirem e terem formado suas próprias personalidades. Eu digo que pessoas sem personalidade não irritam. Elas passam percebidas como "tão bonzinho, nunca faz mal a ninguém". Pessoas sem personalidade causam pena e eu faço questão de repelir tal sentimento de mim.
Um vez um adorado professor de canto me disse que sou a pessoa mais segura que ele conhece e ainda disse que eu irrito porque sou segura demais. Ah! Então é esse o problema? Sinto muito. Continuarei irritando e lembrando aos inseguros e incapazes de lutar e por a cara a tapa em seus sonhos e projetos que segurança não é sinônimo de prepotência ou arrogância, mas de vitória.

Um abraço seguro e sempre sincero da mais irritante.

W.A.M.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

I need to break free


Gritar! Rasgar o peito com as próprias mãos e por de uma vez para fora tudo que está lá dentro congelando à espera de uma raio de sol para aquecer.
Gritar!
Olhar pra pessoa do seu lado e dizer: eu amo você, vamos sair no final de semana, eu não preciso lhe conhecer pra gostar de você, a gente se conhece há tanto tempo e eu nunca disse que lhe amo, volta pra mim, me deixa em paz, você está linda hoje, obrigada, me dá um abraço, você precisa de algo, que sorriso lindo você tem.
Frases pequenas que podem ser ditas sem nenhum esforço, mas que engasgam como se um pedaço mal mastigado de orgulho e frieza ficasse entalado sem deixar uma palavra sair. Palavras que poderiam tonar a convivência tão melhor e os corações tão mais brandos.
Eu quero mais ternura no meu coração. Pessoas que vejam além da minha capa de auto-preservação doentia e me estendam a mão com um sorriso e que eu consiga sorrir. Quero dizer que amo, pular no pescoço de alguém, dizer o quanto são importantes para mim. Quero me libertar e gritar!
Gritar para expulsar o corpo estranho que se incorporou à minha garganta seca e cantar em alto som, sem medo de perder a voz, o quão feliz sou e se perder a voz, não temer, pois alguém estará do meu lado para cantar por mim.
Eu preciso ser alguém melhor. Você também precisa.
Eu amo você, vamos sair no final de semana, eu não preciso lhe conhecer pra gostar de você, a gente se conhece há tanto tempo e eu nunca disse que lhe amo, volta pra mim, me deixa em paz, você está linda hoje, obrigada, me dá um abraço, você precisa de algo, que sorriso lindo você tem.
Você disse isso a alguém hoje?

W.A.M.

Tirinha de hoje:


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Em busca da intensidade


Já pensou se pasássemos as parcelas de nossas vidas que gastamos em busca da felicidade e nos empenhássemos em ter vidas simplesmente intensas? Estamos tão preocupados na maior parte do tempo, tão sem tempo que esquecemos como é simples ser feliz. Nos ocupamos até com a procura da felicidade. Que tolinhos nós somos [tolos por opção, é importante ressaltar].
Hoje, quando eu estava sentada na sala de espera do consultório médico, uma mulher me chamou atenção ao entrar. Ela estava radiante. Abriu a porta com um sorriso enorme, falou com as atendentes sorrindo e de lá o sorriso não saiu. Ela não estava dentro dos padrões de beleza e nem usava roupas caras. Era obesa, usava uma blusa lisa com uma calça de academia servindo de leggin [é assim que escreve?], no rosto redondo remanesciam as marcas da adolescência e o óculos não estava bem na moda, o cabelo não emanava vida, não vinha no carro do ano, estava a pé com papéis na mão, o celular na outra, andar arrastado e o sorriso iluminado no rosto.
Essa mulher sim deve saber o que a intensidade da vida. Ela parecia sorrir simplesmente porque fazia sol e ela estava ali andando cheia de vitalidade. Entrou triunfante, mesmo que sem postura alguma, e pediu uma consulta para o dentista. Pra que ela precisava de dentista com aquele sorriso branco e alinhado? Não sei, mas fez fustigar em mim uma vontade de sorrir e simplesmente viver.
Não importa os meios pelos quais se é feliz. Ser feliz para você é estudar, se formar, arranjar um bom emprego, casar, ter filhos, morrer e ir pro céu? Ou é cair na farra com os amigos, ter vários namorados, beber até cair e dar o golpe no primeiro milionário? Pra mim eu não sei. Pode ser um pouco de cada ou nenhuma das opções. Talvez eu nem saiba soletrar felicidade. Só sei que começa coma letra F e termina com i-n-t-e-n-s-i-d-a-d-e, já o caminho, tanto faz.

W.A.M.


sábado, 10 de janeiro de 2009

Coisas que todos devem saber na hora do ócio

O aipo é o único alimento que emagrece realmente, pois o vegetal tem menos calorias do que você gasta para mastigá-lo.
A American Airlines economizou US$ 40.000 em 1997 eliminando uma azeitona de cada salada servida na primeira classe.
Hong Kong é a cidade com o maior número de Rolls Royce per capita.
O Alasca é o estado americano onde a maior % de pessoas vai a pé para o trabalho.
28% da África é selvagem e não explorada.
38% dos EUA é selvagem e não explorado.
O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
Criar um cachorro até a idade de 11 anos custa US$ 6.400.
70% dos americanos já visitaram a Disneyland e a Disneyworld.
Pessoas inteligentes têm mais cobre e zinco no cabelo.
O papa mais jovem tinha 11 anos.
A Islândia consome mais Coca-Cola per capita do que qualquer outro pais.
A frase "The quick Brown fox jumps over the lazy dog" utiliza todas as letras do alfabeto e foi criada pela Western Union para testar suas máquinas de teletipo.
A única palavra inglesa de 15 letras sem letras repetidas é "uncopyrightable".
"Agüenta, vagabundo" é o hino oficial do estado de Ohio, EUA.
Quando o gambá se faz de doente, não está brincando: está aterrorizado.
A biblioteca da Universidade de Indiana afunda 2 cm por ano porque, quando foi construída, os engenheiros esqueceram de incluir o peso dos livros no cálculo das fundações.
O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.
O maior vôo de uma galinha foi de 13 segundos.
Eisenhower criou um sistema rodoviário interestadual que obriga que cada milha em cinco deva ser reta. Esses trechos retilíneos são utilizáveis como pistas aéreas em tempos de guerra ou em emergências.
O prédio do Pentágono, em Arlington, VA, tem duas vezes mais banheiros do que o necessário. Quando foi construído, em 1940, as leis segregacionistas do estado da Virgínia exigiam banheiros separados para os brancos e para os pretos.
o transatlântico Rainha Elizabeth II avança apenas 4 cm para cada litro de diesel queimado.
A urina do gato brilha com luz ultravioleta.
A noz-moscada é extremamente venenosa se injetada na veia.
Apenas uma pessoa em cada 2 bilhões viverá mais que 116 anos.
Em Cleveland, Ohio, é ilegal pegar ratos sem licença de caça.
Há em média 178 grãos de gergelim em cada Big Mac.
Peso por peso, um hamburguer custa mais caro que um carro novo.
As marcas comerciais mais caras são: Marlboro, Coca-Cola e Budweiser, nessa ordem.
É possível conduzir o gado para cima, mas não para baixo.
90% dos taxistas de New York são imigrantes recém-chegados.
Em 10 minutos, um furacão libera mais energia do que todas as bombas nucleares existentes no mundo.
Todos os animais podem pular, exceto o elefante.
O isqueiro foi inventado antes dos fósforos.
Se você gritar durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, a energia liberada é igual à necessária para aquecer uma xícara de café.
O coração bombeia o sangue com uma pressão suficiente para esguichar o sangue a uma altura de 9 metros.
Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que praticam o sexo por prazer.
O músculo mais potente do corpo é a língua.
É impossível espirrar com os olhos abertos.
É impossível se suicidar parando a respiração.
Em média, os americanos consomem 72.800 metros quadrados de pizza por dia (uma área de 270m x 270m).
Cada vez que você lambe um selo, ingere 1/10 de caloria.
Há mais chance de você morrer com uma rolha de champanhe do que com uma aranha venenosa.
Os destros vivem em média 9 anos mais que os canhotos.
O orgasmo do porco dura 30 minutos.
O crocodilo não pode pôr sua lingua para fora.
A formiga levanta 50 vezes seu peso, e puxa 30 vezes seu peso.
O urso polar é canhoto.
O bagre é o animal com mais papilas gustativas, tendo 27.000 ao todo.
A pulga pula 350 vezes sua altura, o que eqüivale a uma pessoa dar um pulo de uma altura igual à largura de um campo de futebol.
Uma barata vive 9 dias sem a cabeça.
O louva-deus não pode copular com sua cabeça presa ao corpo. A fêmea inicia o coito arrancando a cabeça do macho.
Alguns leões copulam 50 vezes por dia.
As borboletas sentem gosto com os pés e não com a língua.
A estrela-do-mar não tem cérebro.
Em 1995, um japonês recitou, de memória, os 42.000 primeiros dígitos do número Pi (3,14159...) em 9 horas


Tirinhas de
hoje:

W.A.M.

E eles que são os animais...


Alguém me vê um anzol pra enfiar nos ovos da pessoa que fez isso!

"Hutin enviou uma equipa de filmagens a Réunion no Verão passado, para obter provas documentais de que os animais vivos estavam a ser usados como isco para tubarões, com o objectivo de expor esta bárbara prática no programa de defesa dos direitos dos animais da organização na televisão.
Não foi preciso muito tempo para que a equipa descobrisse três casos, diz ela. Um vídeo e fotografias mostram os cães com diversos anzóis profundamente presos nas patas e focinho. "Foi a partir daí que todos começaram a levar a situação a sério, percebemos que era mesmo verdade."
Um veterinário conseguiu tratar com sucesso um dos cães, o cão de seis meses de idade com um anzol no focinho que se vê na foto acima, na SPA (Société Protectrice des Animaux) da capital de Réunion, St.-Denis. (...)"Ultimamente, quase todas as semanas, temos encontrado cães com anzóis na ilha, para não falar de gatos encontrados nas praias e parcialmente devorados por tubarões."
Uma vez que os pescadores capturem os animais, colocam-lhes imediatamente anzóis, "ou pelo menos no dia anterior, para que sangrem o suficiente". Alguns escapam antes de serem atirados ao mar, outros não têm essa sorte.
Após os anzóis serem colocados nas patas e/ou focinhos, os animais são atados a tubos infláveis com linha de pesca e largados no mar, relata o Clicanoo. Para evitar a detecção, os pescadores colocam o isco no meio da noite e regressam de manhã para verificar se capturaram algum tubarão. "

Divulgem!!


1- Métodos de ABATE de Animais, usados pela industria alimentar e de roupa:
Pistola Pneumática


Uma "pistola" é apontada para a cabeça do animal e uma vara de metal é disparada para dentro do cérebro. A pistola é projetada de modo que a haste jamais sai completamente, ela simplesmente vara a cabeça do animal e depois é puxada pelo açougueiro enquanto o animal desmaia.Este disparo, como o animal se agita muito, nem sempre é certeiro e, freqüentemente, atinge o olho ou resvala na cabeça do animal, gerando ainda mais dor.

Atordoamento Elétrico.


Os animais são conduzidos molhados a um corredor e dali tangidos com choques elétricos de 240 volts.


Choques Na Cabeça


Um atordoador elétrico é utilizado para produzir um ataque e a garganta do animal é cortada, deixando-o sangrar até a morte.


Golpes De Marreta


Utilizando-se de um martelo específico golpeia-se a cabeça do gado quebrando o seu crânio (essa técnica também é usada em vitelas, pois os ossos do crânio de filhotes são mais macios).Nem sempre o martelo acerta com precisão a região que causa a inconsciência, podendo rasgar os olhos ou o nariz do gado.


Abate Ritual

Os animais estão totalmente conscientes quando suas jugulares são cortadas. Alguns matadouros prendem o animal por uma perna e penduram-no de cabeça para baixo antes que suas gargantas sejam cortadas, resultando em danos dolorosos dos tecidos em 50% das vezes e, em algumas vezes, crises de vômito.
2- Brasil - Abates Rituais -A História de Lázaro: Fica aqui a descrição de "levantar cabelos":
"Não é difícil imaginar porque este animal recebeu este nome. Lazaro foi encontrado na tarde do dia 29 de abril de 2006 em um lugar afastado onde é costume jogar entulho, lixo e animais mortos. Por sorte uma pessoa passando por lá ouviu que um animal chorava apesar de não poder se mexer. Tentou localizar alguém que o capturasse e conseguiu contatar o nosso abrigo. Fomos imediatamente recolher Lazaro e ali ouvimos comentários que muitos animais, ainda vivos, usados para rituais religiosos, são jogados naquele local para morrerem. Lazaro estava em uma caixa amarrada com uma fita vermelha. Não sabemos o que aconteceu com ele. Um dos olhos havia sido perfurado, tinha dores por todo corpo, provavelmente havia sido surrado até desfalecer pois não tinha nenhuma fratura. Apenas gemia como que agonizando. Foi levado imediatamente a uma clinica veterinária e medicado. Não havia como radiografar, ele tinha dores demais principalmente na cabeça e no rabo. A temperatura estava baixa, tivemos medo de seda-lo e assim a base de tramal e soro tentamos reanimá-lo um pouco. Lazaro não pode ouvir nenhum barulho que já começa a gritar. Fechar a porta do carro ou qualquer porta, barulho de jornal no chão ou o simples aproximar de uma pessoa faz com que ele se encolha e comece a gritar. Lazaro não parece um cachorro abandonado, tem um pelo limpo e saudável. Não consigo imaginar o que pode ter acontecido com ele. Lazaro não consegue ficar de pé apesar de mexer as patas, evacua e urina sem sair do lugar, mas graças a Deus tem um bom apetite."
3. A Benneton praticva com as ovelhas um ritual bastantes interesante...embora por acação da PETA já o tenha deixado de fazer. Ommétodo consistia em sedar as ovelhas, que depois ainda vivas, era-lhes retirada a pele corporal, por que sabe que esta fica mais maléavel, elástica e fácil de trabalhar. Centenas de milhares de animais foram assim tratados para "nos" vestir.

4.No Egipto é prática corrente o envenenamento de animais para controlo de natalidade e pragas. O problema é que o processo de envenenamento é uma verdadeira tortura em que o animal sofre que nem "um animal"!

5. Na China tira-se a pele aos cães e gatos ainda vivos:, eis a descrição do sucedido:"The reason for the gathering was to screen video evidence revealing dogs and cats being skinned alive in China and call on the leader to introduce and enforce meaningful welfare standards regulating the treatment of animals within the fur industry.(...)Among the rabbits, coyotes, foxes and other animals, millions of cats and dogs are brutally murdered for their fur."


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Direto do sombrio túnel do tempo

Eu nem acredito que estou realmente fazendo este post, mas, continuando o post de ontem e minha nostalgia, aqui vão alguns textos que fiz na minha adolescência Byroniana. Todos de um caderno de quando tinha 15/16 anos e claro que não estão todos aqui e eu nem teria coragem de mostrá-los a você. Sinceramente, relendo tudo isso aqui, fico feliz que hoje apenas admiro Poe, Byron, Baudelaire, Dos Anjos e derivados e não os vivo hehehe.
Aqui vão, essa era [creio que ainda tem muito de
mim aqui] eu:


Eu sou apenas uma garota de dezesseis. Para alguém de minha idade pareço atenciosa e cortês. Não me importo em viver com meus pais, Decerto preferia partilhar a casa com morcegos e vermes tumbais. Ali eu poderia viver em paz e andar por becos escuros só e atormentada.

Eu sou até agradável com você, mas imagino mergulha-lo (a) em cera, para expor no museu. Queria ter um cachorro e transforma-lo num terrível zumbi, para que pudéssemos procurar vítimas no nevoeiro de Londres.

No entanto, meus pensamentos não são só compostos por crimes edificantes, gosto de desenhar, escrever e ler para passar o tempo, mas enquanto os outros lêem livros como “O Alquimista”, meu autor preferido é Edgar Allan Poe.

Uma noite quando lia um de seus contos espantosos, li uma passagem que me fez empalidecer, uma notícia tão má que não podia agüentar, meu amor tinha sido enterrado vivo! Cavei sua tumba para verificar se estava morto, inconsciente de que a tumba era o jardim de minha mãe. Sozinha passo os dias em meu quarto aquela torre infernal, aonde fui setenciada a passar o resto da minha vida sozinha, só e enlouquecendo na prisão.

[Texto bizarro inspirado na animação 'Vincent' do Tim Burton]

.

Pedaços de mim

Me olho no espelho
procurando o q se perdeu
meu semblante está sem vida
me pergunto como isso aconteceu

Onde foi deixada aquela menina de olhos brilhantes
Ela se perdeu no passado
junto com a alma pura
perdida em pecado

Minha imagem agora é um reflexo de decadência
Reflete a angústia de minha'lma
Atrás de um sorriso dissimulado
e um comportamento adestrado

Procuro a mulher e encontro a menina
Procuro a menina e encontro a mulher
Quem na verdade sou?

Pedaços de espelho espalhados no chão
Reflexos da minha vida
Pedaços de meu coração

.

LISTEN TO THE RAIN

Rain falls outside
Floading my past
Of memories I wish i didnt have
Each raindrop is a whisper
That tells a story
We need to
hear
The story of the begin of the times
They come from the sky
To soothe our wounds and struggle

Peep the rain
It says much more than you think
Its a natures miracle
Lighting up the sadows of my life
Listen to the rain

In the flood
My past come to haunt me
And bring my flaw
s back
Getting in a botton hole
Can you see how far the water runs?
The raindrops fall into the sewer
With my old ghodts
That chased me all my life

Peep the rain
It says much more than you think
Its a natures miracle
Lighting up the shadows of my life
Listen to the ra
in

When the rain stops and the sky is clean I can wipe my mistakes And dress my shroud My wounds are healed And i still can listen to the rain


.


PARANÓIA

Ouço choros altos
São meus monstros me chamando
Quero gritar para liberta-los
Não tenho voz
Me faço secundária de mim mesma
Quero berrar para espantar a dor
O desespero é mais forte
Sinto-me afogando na correnteza de meus erros
Enquanto meus monstros se afogam em um mar de lágrimas
Libertem-me do que me tornei
Segurem-me,estou caindo
Sinto-me um grande nada
Meus monstros não choram mais...Berram!
Algo está errado
Um abismo me separa da sanidade
Lá embaixo o calor do fogo clama por meu nome
Meus monstros querem pular
Salve-me de mim mesma
O fogo me consome
Tarde demais


W.A.M.


Ah! A doce escuridão da poesia!


Por que o Danilo me lembrou da minha literatura obscura e amada na qual tanto mergulhei na adolescência. Um trecho de Lira do 20 anos de Álvares de Azevedo e O Corvo de Edgar Allan Poe nas traduções de Fernando Pessoa e na de Machado de Assis:

SONHANDO

Na praia deserta que a lua branqueia,

Que mimo! que rosa! que filha de Deus!

Tão pálida... ao vê-la meu ser devaneia,

Sufoco nos lábios os hálitos meus!

Não corras na areia,

Não corras assim!

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

A praia é tão longa! e a onda bravia

As roupas de gaza te molha de escuma...

De noite, aos serenos, a areia é tão fria...

Tão úmido o vento que os ares perfuma!

És tão doentia...

Não corras assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

A brisa teus negros cabelos soltou,

O orvalho da face te esfria o suor,

Teus seios palpitam — a brisa os roçou,

Beijou-os, suspira, desmaia de amor!

Teu pé tropeçou...

Não corras assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

E o pálido mimo da minha paixão

Num longo soluço tremeu e parou,

Sentou-se na praia, sozinha no chão,

A mão regelada no colo pousou!

Que tens, coração

Que tremes assim?

Cansaste, donzela?

Tem pena de mim!

Deitou-se na areia que a vaga molhou.

Imóvel e branca na praia dormia;

Mas nem os seus olhos o sono fechou

E nem o seu colo de neve tremia...

O seio gelou?...

Não durmas assim!

O pálida fria,

Tem pena de mim!

Dormia: — na fronte que níveo suar...

Que mão regelada no lânguido peito...

Não era mais alvo seu leito do mar,

Não era mais frio seu gélido leito!

Nem um ressonar...

Não durmas assim...

O pálida fria,

Tem pena de mim!

Aqui no meu peito vem antes sonhar

Nos longos suspiros do meu coração:

Eu quero em meus lábios teu seio aquentar,

Teu colo, essas faces, e a gélida mão...

Não durmas no mar!

Não durmas assim.

Estátua sem vida,

Tem pena de mim!

E a vaga crescia seu corpo banhando,

As cândidas formas movendo de leve!

E eu vi-a suave nas águas boiando

Com soltos cabelos nas roupas de neve!

Nas vagas sonhando

Não durmas assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

E a imagem da virgem nas águas do mar

Brilhava tão branca no límpido véu...

Nem mais transparente luzia o luar

No ambiente sem nuvens da noite do céu!

Nas águas do mar

Não durmas assim...

Não morras, donzela,

Espera por mim!


.

O Corvo
Tradução: Fernando Pessoa

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais —
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

'Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, vagos curiosos tomos de ciências ancestrais ...' (Ilustração de Gustave Doré)

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo:
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, de certo me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo
Tão levemente, batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

'E abri largos, franqueando-os, meus umbrais. Noite, noite e nada mais.' (Ilustração de Gustave Doré)

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta — ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta — ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!



O Corvo

Tradução: Machado de Assis

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas tais palavras:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o colchão refletia
A sua última agonia.
Eu ansioso pelo Sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui, no peito,
Levantei-me de pronto, e "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo, e desta sorte
Falo: "Imploro de vós — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso
Já cochilava, e tão de manso e manso,
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra
Que me amedronta, que me assombra.
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais,
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento, e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
de um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta em um busto de Palas:
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gosto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais."

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que eu lhe fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta a dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais."

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário.
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse,
Nenhuma outra proferiu, nenhuma.
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
"Tantos amigos tão leais!
"Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais."

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."

Segunda vez nesse momento
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E, mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera,
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível:
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
"Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! (clamei, levantando-me) cessa!
Regressando ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo...
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais."

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!



[Configuração diferente, mas dará trabalho ajeitar. Fica assim =D]
W.A.M.