domingo, 30 de novembro de 2008

Mestre Drummond

Ontem falando de Vinícius com a Lulu, lembrei de Drummond. Já pus uma das minhas poesias preferidas de Vinícius aqui, então vai uma de Drummond que amo e acredito nele:

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: alguém do céu te mandou um presente divino: o amor!
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado..
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados..
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite..
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado..
Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela..
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais. não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor!

- Carlos Drummond de Andrade

W.A.M.

sábado, 29 de novembro de 2008

Up the irons

Há algo melhor que headbangear com amigos? Tá, há sim, mas ontem isso fez meu dia mais feliz.
Fazer dancinha hard core a noite toda com a Evil;
Bater cabelos com a Nêga;
Dançar dança do ventre no meio de um show de metal com o Tiago;
Judiar do Mã.. Rafa a noite toda ^^;
Beber com o PV;
Ouvir """""Iron"""";
Beber sem poder;
Abraçar o Rafa;
Saber que Iron vem à Recife próximo ano;
Falar besteira e comer mousse de chocolate rosa o.Õ;
Dormir na casa de quem mais amo;
Dividir a mesma cama de solteiro e acordar toda torta e dolorida =~~;
Acordar os amigos só por ser bad bad bad XD

Alguém me seguuuuuure [by Máscara] ^^

W.A.M.


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dias legais

1 - Ganhei meu primeiro presente de aniversário [o livro Operação Cavalo de Tróia do Rafinha].;
2 - Ganhei cortesia para a festa do Wakeboard por ter dado um gritinho árabe [aquele de o clone ^^], alguém quer?;
3 - Em dias de alta;
4 - Em dias de baixa;
5 - Descarregando as energias no Muaythai;
6 - Comecei a ensaiar uma opereta do Noel Rosa e me fizeram contralto o.Õ;
7 - Conhecendo pessoas novas e interessantes XD;
8 - Me livraram das matérias do final de semana;
9 - Amanhã grava roteiro sobre Mamonas Assassinas;
10 - Hoje, 12 anos depois da morte do grupo, tomei coragem para ver as fotos dos corpos... devidamente apertando a mão do ícaro... tremi. Não tenho problema com mortos, mas sim com os mortos queridos. Parece besteira, mas isso me marcou;
11- Descobri, através do [professor] Júlio que, como ele, sou uma das poucas pessoas que conseguem captar a energia de outras e assustei muita gente no labjor;

Enfim... Fds promete. Ficadica.

W.A.M.


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...

Velha Puta




A quoi ça sert lamour




Paris Je'taime

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Surtando

Você já surtou do nada sem precisar de um empurrãozinho ou explicação? Não? Deveria.
O que não entendo é a surpresa das pessoas em verem a irritante felicidade de outras.
Eu não faço questão de ser sempre a mesma e, como diria o poderoso mestre jedi, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante".
Dançar e cantar quando todos estão para baixo.
Cutucar um amigo até ele se irritar.
Fofocar com amigas.
Brincar com os pés dentro de um shopping.
Invadir provador masculino.
Dar um soco e levar um soco.
Nada disso tem preço.
Se eu pudesse escolher o meu humor de cada dia, escolheria meu velho surto. Mesmo que irrite ou enraiveça. É minha autenticidade, meu abrir de asas em momentos ruins.
Não há nada melhor do que surtar sem se importar com ninguém e levar/dar um soco.
Acredite.
Mais um post tapador de buraco.

W.A.M.

Que poético! Que patético...

Esses dias andei conversando com alguns amigos e me dei conta de algo. Como eu me tornei vazia...
Não me apaixono, não dou ou me dou liberdade, não namoro... só fico. O seco ficar.
"O negócio é ficar e pronto". É... sou adepta desse esquema, mas ainda lembro de quando eu era "romântica" e pensava que um dia ia encontrar um "príncipe" londrino e perfeito ahsoiauhsoiu. No fundo, era legal.
Hoje eu sou vazia, embora bem sucedida no trabalho e às vezes me pergunto "Pra que essa idiotice de sair 'passando o rodo'? Isso vai me fazer mais feliz"? E não faz, só me faz mais e mais vazia. No fundo, "passar o rodo" é só uma justificativa para pessoas carentes que precisam de amor se sentirem supridas. É, talvez eu esteja inclusa nisso.
Eu fujo de relacionamentos e pessoas de verdade, mas queria não fugir. Não quero ter o ridículo status de fodona que pega todos e ninguém pega de jeito. Queria sim ser pega de jeito [o duplo sentido da coisa, hein ahsoiua], mas ninguém se capacitou a me fazer mudar dessa forma.
Bom, pelo menos eu não brinco ou minto para ninguém [o que faz sim das pessoas que o afzem, idiotas].
"Eu peguei não o fulano", "eu também", "e aquele?". Isso é engraçado e divertido, mas quando analisado à fundo, fica patético.
Eu sou patética.

Wânyffer Monteiro
2.0
Morena
Olhos verdes
Jornalista
Atriz
Inteligente
Bem-humorada
Adoro viajar e ir à balada
Leio, danço e luto
Falo inglês, um pouco de italiano e espanhol
Sou patética
[vide meu anúncio nos classificados ;D]
(...)

Alguém a fim de pegar de jeito?

O porquê desse post? Foi um dos assuntos recorrentes entre as pessoas a minha volta esses dias e minhas crônicas/relatos falam do dia-a-dia. O verdadeiro motivo? Está chegando um dia maldito que só tem importância pra minha mãe e pro meu vôzinho e eu fico emo.

W.A.M.

domingo, 23 de novembro de 2008

Em caso se desfanatização...

Estava eu largada na poltrona tentando alcançar o controle remoto para desligar a TV e ler meu livro, quando uma matéria do Fantástico chamou-me a atenção. Dia 18 de novembro fez 30 anos do massacre de Jim Jones e que, como protestam os moradores de Guyana, já está caindo no esquecimento.
Eu não vi a veiculação que o fato merece, essa semana e nem mesmo sabia que estava fazendo aniversário. Já havia visto fotos e sabia da história, mas ver as filmagens da época me acordaram por um minuto. Fotos são normalmente paradas, mesmo os vivos não se mexem, você vê mortos sem manchas de sangue ou violência e tem a impressão de que eles podem se levantar e sair andando a qualquer momento, mas ver as imagens em movimento de 900 pessoas jogadas no chão, estáticas e mortas tira qualquer esperança ou impressão de que aquilo não seja real.
Quanto ao Jim Jones... ele também foi real. O maníaco que enganou a quase todos criando uam igreja após fazer um curso de pastor de alguns dias (¬¬'), inclusive políticos e jornalistas que haviam recebido denúncias e depois foram assassinados pelos homens do pastor, existiu mesmo. Homens que deveriam ser os machos dele, afinal ele dormia com homens e mulheres, até aí tudo bem se ele não fosse um pastor e não pregasse suas experiências sexuais nos cultos.
Me faz pensar... até que ponto o fanatismo religioso pode levar? E será que aquelas pessoas não poderiam
simplesmente ter saído correndo em debandada em vez de dar veneno às suas crianças e a eles mesmos? Parece instrução de avião. A aeromoça Jones ordena pelo megafone: "Em caso de desfanatização de fiéis, garrafas de arsênico com refresco cairão sobre suas mesas, dêem às suas crianças primeiro e depois o bebam, boa viagem ao inferno".
Outra coisa que me faz pensar... a bíblia prega que suicidas não têm direito ao paraíso. Essas pessoas
que se não bebessem, morreriam mesmo assim, foram para o inferno?
Bom... não se sabe também quem matou o distinto pastor que morreu com um tiro na cabeça. Espero que tenha sido Lúcifer a vir pegá-lo com uma passagem só de ida à sua casa.
Maníacos estão por toda parte... toda parte... Até eu posso ser uma.



{Depois me perguntei uma coisa idiota... será que ele reencarnou no Reginaldo Rossi? Medo dele agora... =x}

W.A.M.

sábado, 22 de novembro de 2008

Semana da pesada com 1 galerinha do barulho

Imitando a Natália { http://dosrock.wordpress.com/ }:

1 - Muitos trabalhos para fazer que por ordem caseira [ o.Õ ], não consigo;

2 - Semana muito boa ao lado da Nêga [Rê], Gnomo do mal [Natália], Rafa, Lulu e Elih;

3 - Evento da Renata na Unifor, no qual ganhei um piercing devido a ser uma incrível e surpreendente conhecedora de rock, ao derrotar 4 adversários [um deles um rockeiro cabeludo] e em um ultra-golpe de destreza saber músicas dificílimas como: Help [Beatles], The Wall [Pink Floyd], Highway to Hell [AC [raiozinho]DC] e aí vai[¬¬]... No mesmo dia também ganhei uma tatoo no grito [literalmente gritei melhor que um bando de marmanjos], mas ela não me pertenceu no fim;

4 - Fiz meu piercing hoje e AMEI!!! Dor muito boa do catéter e faria mais vezes [pretendo]. Umbigo agora está séquicie fázias fêzes e a manhã foi foda. 3 gatinhas do barulho arranjando tremendas confusões numa manhã ensolarada em um lugar da pedasa [por narrador da sessão da tarde]. Atoron Periagon;

5 - Estou em uma noite ultra-emo, na qual queira estar por aí bebendo, caindo e ficando no chão nem que fosse só [quero um carro!!!!!!!];

6 - Fim de novembro e iminênica de dezembro... É ultra-normal eu estar emo e/ou irritada e ficarei até que um dia indesejável dessa maldita... opa, bendita época natalina, passe.

Me recuso a virar adulta e quanto ao Feliz Natal... Sou Mulçumana.
Jingle Bells e Congrats para você também.

W.A.M.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Like a Prayer

Ontem combinei com a Natália que íamos nos arrumar no rock-style e iríamos à Unifor ver o evento da Renata. Estava eu lá de saia de seda preta e esvoaçante, blusa preta, salto, bolsa xadrez com bottons e crucifixo [não muito rock, mas deu vontade de me arrumar] e provoquei diversas reações nas pessoas. É engraçado como mudar um pouco faz você ser mais notada para melhor ou pior.

1 - O amigo que me deu carona fez cara de "não acredito que ela voltou a usar essas roupas" [ele me conhece faz anos], o amigo dele tentou desfarçar, mas estranhou;
2 - No caminho pelo Unifor pessoas olhavam direto. Alguns com cara de "o que essa louca faz toda de preto no Ceará"? [nota: QUE QUE TEM? também não entendo como conseguem se vestir todas de rosa. Estou acostumada ao preto, assim como "ganhei", no dia anterior, uma tatuagem de um monte de marmanjos no grito, porque eu tenho experiência de shows de rock, né hehe];
3 - As mulheres olhavam e coxixavam, algumas até apontavam;
4 - Algumas elogiavam a saia;
5 - Os homens olhavam diferente;
6 - Indo ao Mini-kalzone um cara fez um giro de 180° para eu poder passar e ficou olhando e analisando, voltou para o kalzone, pediu outra coisa e ficou até eu sair [o.Õ], outro no ônibus [lindo e tatuado] puchou assunto falando dos meus anéis e que eu era etsilosa hasoiauhso;
7- Muitos nem falaram nada;
8 - O lucas disse que se eu cortasse o cabelo e cacheasse fizaria parecendo a Madonna em Like a Prayer [clip que adoro].

Teve mais, mas esqueci. Preciso me vestir diferente do comum mais vezes para testar tais reações. Podem me chamar de doida, mas gosto de chocar. Há dias que nem quero ser vista, mas na maioria é bom ver como as pessoas reagem com vestimentas ou atitudes tão diferentes daquelas que saem de suas vidinhas rotineiras.
[Post enchedor de buraco]

W.A.M.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cotidiano


Todo dia eu faço tudo sempre igual
Me espreguiço às cinco e meia da manhã

Bocejo um bocejo pontual
E me escovo com pasta de hortelã

Todo dia eu tento me cuidar
Essas coisas que faz toda mulher

Almoço pensando no jantar
E merendo chocolate com café

Todo dia eu só penso em me aposentar
Meio-dia eu só penso em dormir no chão

Depois penso na vida de lascar

E me calo com a boca de requeijão


Seis da tarde como é de se esperar
Eu pego um grande busão

Nessa hora eu só penso em beijar
E me exercitar com paixão


Toda noite eu digo que vou estudar
Meia-noite eu juro eterno amor

E rolo por duas horas sem parar
Insônia, me deixa dormir, por favor
.Maldita Rotina.
W.A.M.
{Paródia de "cotidiano" do Chico}

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Minha namorada


Ah se você pudesse ser minha namorada
Ai que linda namorada você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que de ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio do depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

-Vinicius de Morais-transcrito da memória de Wânyffer Monteiro-

Quando Wânyffer era apenas uma piveta gorducha e com o coração um pouco mais colorido, ela tinha uma agenda na qual escrevia seus desejos mais ocultos [aquelas coisas de aborrescente]. Nessa agenda ela ecreveu essa poesia do mestre Vinicius e a decorou para sempre e imaginou que o cara que a recitasse para ela, a ganharia.
Bom... Não sou mais a mesma sonhadora, mas hoje eu homenageio aquela que foi meu primeiro par romântico na primeira peça de muitas que ainda farei.

Karlinha, feliz aniversário, minha estrela derradeira, amiga e companheira.

W.A.M.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

I'm on my way to the promise land

Quantas vezes você saiu de casa sem hora para chegar e se divertiu como nunca?
Você já disse algo a outra pessoa no impulso sem medo de ariscar?
Experimentou coisas novas ultimamente?
Beijou muito?
Se desprendeu de pudores adolescentes?
Mudou sua rotina?
Dançou até fazer as pernas doerem durante três dias seguidos?
Foi a dois shows em uma mesma noite?
Fez marmota no meio de muita gente?
Aprendeu alguma nova dança?
Leu?
Disse a um amigo que é louca por ele?
Deu um presente a alguém muito querido?
Sentiu falta?
Deu um fora?
Deixou seus hormônios falarem mais alto?
Conheceu gente nova?
Preparou AQUELA viagem?
Expandiu seus horizontes?
Teve novos desejos?
Ouviu o bastante?
Fez alguém sorrir?
Headbangeou?
Gritou até ficar rouca?
Se emocionou com Shakespeare?
Escreveu?
Se perdeu em um mar de livros?
Comeu sem paranóia?
Surtou?
Ficou em dúvida quanto ao futuro?
Resolveu que um dia vai embora do país?
Fez carinho em um gatinho?
Fez contato com aquelaaaa pessoa?
Deu um abraço?
Chorou?

E, principalmente, parou de só falar e resolveu fazer?

É com pequenas medidas que começamos a aproveitar o dia verdadeiramente. E é olhando para meus últimos dias que vejo que eles não têm sido em vão.
Aproveite você também.
Abra seu coração gélido como o meu.
Não tenha medo de mostrar sua alma.
Ela pode ser mais bonita e atraente do que pode-se pensar.
E, assim como eu, você não deve nada a ninguém.

W.A.M.




Living easy, livin' free
Season ticket, on a one,way ride
Asking nothing, leave me be
Taking everything in my stride
Don't need reason, don't need rhyme
Ain't nothing I would rather do
Going down, party time
My friends are gonna be there too

No stop signs, speedin' limit
Nobody's gonna slow me down
Like a wheel, gonna spin it
Nobody's gonna mess me 'round
Hey Satan! Paid my dues
Playin' in a rockin' band
Hey Mama!Look at me
I'm on my way to the promise land.

I'm on the highway to hell

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Really really bad

If you could only read my mind
You would know that things between us
Ain't right
I know your arms are open wide
But you're a little on the straight side
I can't lie

Your one vice
Is you're too nice
Come around now can't you see

I want you
All tattooed
I want you bad

Complete me
Mistreat me
I want you to be bad bad bad bad bad

If you could only read my mind
You would know that I've been waiting
So long
For someone almost just like you
But with attitude, I'm waiting So come on

Get out of clothes time
Grow out those highlights
Come around now can't you see

I want you
In a vinyl suit
I want you bad

Complicated
X-rated
I want you bad bad bad bad bad... bad

Don't get me wrong
I know you're only being good
But that's what's wrong
I guess I just misunderstood

I want you
All tattooed
I want you bad

Complicated
X- rated
I want you bad

I mean it
I need it
I want you bad bad bad bad bad...bad
really really bad

W.A.M.


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A verdadeira autoridade

Ao colocar o primeiro pé dentro da Fanor, fiquei abismada. Uma estrutura razoavelmente grande que, além das arquibancadas de concreto, dispunha de dezenas e dezenas de cadeiras dispostas a céu aberto, enfileiradas em frente a um palco com uma confortável poltrona e água em uma taça de cristal.
Virada para o palco havia uma iluminação que muita banda cearense nunca teve em seus shows. Câmeras de TV, fotográficas e muitos jornalistas empunhando microfones e canetas, armados para o grande acontecimento.
"Nossa!" - pensei eu - "Isso é digno de um astro de Hollywood, porque não? Será que é o Tom cruise que virá?". Esse pensamento mal me ocorreu e eu já me apressava para a primeira fila (a terceira fila, na verdade, as duas primeiras eram reservadas), afinal, quem dispondo de uma sã consciência, perderia a oportunidade de ver o astro de Top Gun tão de perto?
_ Eu acho que o Caco vai descer por ali e vai fazer uma dancinha!
_ Ah, não! Ele vai sair de trás de um biombo!
"Caco? Que Caco?" pensei eu. Bom, isso, com certeza, não é nome de uma galã de hollywood. Ignorando o antagonismo do nome em relação à personalidade que eu esperava e declarando a insanidade das garotas que faziam tais comentários, continuei ali, na terceira fileira, sedenta por ao menos uma piscadela do Último Samurai.
_ Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!! - Algumas meninas gritam na platéia. Logo me adianto para enxergar o motivo de tanta euforia, mas a legião de perseverantes jornalistas se aglomerou em volta dele sem dar espaço para uma investigação concreta. Preferi esperar sentada o anúncio de meu ídolo.
_ Caco, a aula é sua!
Por que mesmo insistiam em chamá-lo de Caco se ela não era um? Foi o que me ocorreu na hora, mas a resposta veio em seguida.
Pé direito no palco, com pisadas fortes e passadas seguras como poucas vezes presenciei na vida. As mãos seguraram o microfone com uma afinidade sem tamanho. Ali, parado, com o quadril quebrado pro lado e peitoral aberto, estava ele. Bom... não era bem quem eu esperava.
A postura era elegante, a curva do nariz era quase a mesma que tanto estudei em Minority Report, mas não era ele. Talvez a beleza dos olhos de safira pudessem enganar-me, mas não, não era ele. Entretanto, não me decepcionei. Com mais charme e mais sabedoria do que qualquer grande galã de Hollywwod, estava ali, na minha frente: Caco Barcellos.
Do alto da autoridade de seus 33 anos de jornalismo, aquele ex-taxista, filho de dois semi-analfabetos, que admirei desde a adolescência, me ensinava que eu sou a autoridade. E me ensinava muito mais. Ele resgatou em mim a sede que eu tinha nos primeiros semestres e que, talvez, não estivesse mais tão viva em mim. Resgatou a sede pelo jornalismo investigativo e pela perseverança.
Tom Cruise não veio esta noite. Ali estava um homem comum. Um simples jornalista que não trabalha pela fama, mas batalha por pessoas como o Sidney, um engraxate que esteve prestes a ser morto pela tropa de elite paulista, ou como eu, estudante de jornalismo e moradora da periferia fortalezense.
Aquelas arquibancadas de concreto e as dezenas de cadeiras permaneceram lotadas por duas horas de contação de histórias no melhor estilo stand-up comedy. E não era o Tom Cruise. Era um ex-taxista.Era a verdadeira autoridade.

W.A.M.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sem medidas para viver


Promessas. Simpatias. Mandingas. Calcinha vermelha. Roupa branca. Beijo à meia-noite.

Pensamentos no ano que está chegando e ao ano que está passando resta o esquecimento.

525 600 minutos se passaram e o que foi feito de nossas vidas?

As pessoas estão pensando em como será o carnaval, mas eu sei que eu posso não viver até lá e aqueles podem ser os últimos 525 600 minutos da minha vida.

Como medir um ano? Como medir o amor que nos é dado e não cobrado?

Como medir um dia na praia com os amigos, uma festinha no apartamento ou um abraço sincero?

Como medir sorrisos e olhares, confusões e emoções?

Como medir aquela viagem que deveria ter sido só de ida, aquela piscina, aquele nascer do sol?

Como medir fraternidade, xingamentos, brigas, lágrimas e reconciliações?

Como medir confissões, entregas, cuidados e carinhos?

Como medir empatia, compatibilidade, respeito e amor?

Como medir aprender a falar pelo olhar?

Como medir aquela carona às 3 da manhã, aquele cuidado quando não se sente bem ou aquela voz que acalma?

Como medir ser livre entre diferentes?

Como medir ser diferente e ser igual?

Como medir a mão que nos é estendida?

Como medir o próprio coração?

Como medir o tempo que pára quando se é feliz?

Estações vêm e vão.

O verão dá vida aos sentimentos. O inverno os rega. Na primavera eles brotam e colorem nossas vidas. No outono eles são levados pela brisa.

Medir a vida em amor é mais do que isso. É ter a certeza de que os sentimentos florescerão por uma vida inteira. É saber que nada foi em vão. Que os frutos germinam em qualquer época, pois só há uma estação.

Um estação sem medida para quem não tem medida para viver.

"Meça em amooooor"


W.A.M.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Parem o mundo! Eu quero descer!!!!!!!!!!!!

_ Ei, Wânyffer! Ele disse que vai deixar o cabelo crescer e ficar que nem o teu!
_ É? Legal!!
_ Depois que ele viu essa tua peça aí, ele nunca mais foi o mesmo. Se revelou lá.
_ Que bom que serviu pra algo, né?
_ É... Só quem vai ver esse tipo de peça aí é quem é ou gosta.
_ E só quem faz esse tipo de comentário são ignorantes e preconceituosos.
_ [silêncio] Sou preconceituoso mesmo, ó!
Bom, pelo menos ele admite. Porém isso não melhora meu sentimento de nojo de pessoas que mesmo sabendo serem ignorantes [ou não sabendo], teimam em insistir em tais ridículos conceitos pré-formulados por uma criação dada por pais de mente fechada.
De que adianta ensinar aos filhos o que acreditamos e achamos ser correto???!!
Devemos ensinar os vários caminhos que levam a finais diferentes para que eles escolham e formulem suas próprias verdades. Malditas crenças que nos prendem por correntes imaginárias, porém fortes, em uma escura caverna, de onde só enxerga-se vultos que pensamos serem reais.
Quando libertarmos nossas mentes veremos que não há correntes prendendo nossos corpos e sairemos da caverna, descobrindo assim, de quem verdadeiramente são as sombras e consequentemente, estaremos mais perto de nos auto-descobrir.

O comentário de hoje foi as pessoas terem visto RENT e talvez estarem achando que sou de fato lésbica, mas como eu disse: "E porque vou me indignar com isso? Isso é algum xingamento?". Não, não é.

_ Quando eu tava filmando aqui e vi aqueles dois caras se beijando deu vontade de dar um tapa tão grande! Mas as meninas, né... [sorriso malicioso]

E essa é a sociedade em que eu vivo que só me faz questionar: Por que mesmo as pessoas põem crianças no mundo?

-> foto escolhida por ser a do momento que causou a ridícula discussão <-
W.A.M.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eu sou o sentimento de vivacidade do Jack


Sair de casa após uma briga. Passar dias sem falar com um amigo. Não dizer o que sente por medo de arriscar. Aquela viagem que você adia há tanto tempo. O amigo que você há eras não visita. Seguir a profissão errada por dinheiro. Não experimentar. Pudor. Brigas por pequenas coisas. Não falar com o outro...
A violência causa 800 mil mortes por ano [segundo a ONU]. O suicídio causa um milhão. Uma pequena coisa como alimento contaminado causa 1,8 milhão de mortes. E por motivos supérfluos e mínimos nós podemos perder a oportunidade única que a vida nos dá de VIVER. Afinal, pode não haver um amanhã.

W.A.M.

domingo, 9 de novembro de 2008

O saco de Machado

Machado de Assis, do alto da sua autoridade literária, contaminava a todos com suas palavras rebuscadas e vocabulário perfeito. Enquanto líamos sobre a morte do livreiro Garnier, tínhamos uma overdose de conhecimento.

Ah! Pobre Garnier. Mas algo atrapalhava a leitura daquela manhã, um barulho desconhecido e não muito comum em salas de aula. Morte me lembra preto e falando em preto, um objeto negro nos fez retornar do mergulho em Machado, surpreendeu alguns e enfureceu outros. No meio da leitura uma sombra irrompe dentre nós e se aproxima do saco preto que voava preso ao cesto de lixo. Nosso forte e temido companheiro Rafael resolveu salvar-nos da sombra negra e ruidosa, e com habilidade, travou uma luta mortal com ele até deixar o cruel adversário caído no chão [bem que aqueles anos jogando Mortal Kombat lhe serviram de algo].

Voltando à atividade normal, confesso que não consegui parar de pensar “por que tamanha revolta com um saco de lixo?”, bem Machado me esperava e esperava no cemitério São João Batista em um lindo cenário de bonecas de mármore. Mas falando em cemitério. Cemitério lembra morte. Morte lembra preto. E o preto saco não se rendeu à primeira tentativa frustrada de Rafael. Continuava seus sussurros recorrentes atrás da porta lutando para se soltar. Quando percebeu que seu colega estava em perigo, o cesto olhou para um lado, olhou para o outro, viu que o bravo Rafael já estava deleitando-se com Machado e tentou ajudar o pobre saco, mas tombou para o lado em uma tentativa frustrada. E mais uma vez a aula parou. Vinte pessoas observando um cesto desmaiado e um saco sufocado e, embora nossa humanidade nos mandasse ir ajudar os dois, todos se conteram, pois as crianças que corriam no cemitério esperavam para continuar a viagem.

Silêncio total com espaço apenas para a voz dos alunos que agora discutiam Garnier. “Os obituários da época foram muito usados como crônicas literárias”. Obituário lembra morte. Morte lembra preto. Falando em preto... Em uma tentativa desesperada, o saco correu pela sala até achar o centro exato da discussão. Enquanto todos o olhavam incrédulos, o saco se contorcia tentando murmurar algo. Tudo que ele queria dizer era que ele conheceu Machado e esteve no enterro do livreiro Garnier, na época era um saco menor, mas só queria dar seu testemunho.

Bem, Machado tentou, mas os personagens da manhã foram o cesto e o saco, este, inclusive, foi vítima de violência, mas perdoou o herói Rafael, afinal quem poderia dizer que um saco com mais de 200 anos para se decompor, teria tantas histórias pra contar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

RENT dando frutos

Ele um dia foi apenas a mamãe patinho que ficava lá no cantinho colocando chifre em uma amiga baixinha. Por seus méritos virou ator principal e por seus méritos mostrou que pode muito mais.
Em meio a um grupo tentando atuar, já havia um ator de verdade.

O primeiro grande fruto do .COM já surgiu e poucas vezes na vida fiquei tão feliz.
Parabéns, meu bem.

Você merece [e isso eu já disse 525.600 vezes XD]!


W.A.M.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Thinking of shit

Já parou pra repensar sua vida e ficou pensativa, confusa e estranha por um tempo, irreconhecível até pra você?
Repensar a vida pode fazer você notar que aquilo que você acha que sente não é real, que você quer se sentir mais útil, que tem que tomar decisões urgentes quanto à sua profissão, que de vez em quando olhar pro lado e ver ninguém, é duro, que você precisa tomar atitudes, que precisa mudar atitudes, que aquilo que você sempre gostou pode ser deixado pra trás, que precisa conhecer gente nova, que o sentido do que faz se perdeu ou nunca foi achado e que viveu nada ainda e tem muito a aprender.
E nessas horas a válvula de escape pode estar nos túneis mais obscuros.

W.A.M.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

RENT no CCR


Musical "Rent" estréia nos palcos de Fortaleza Data: 31 de Outubro de 2008 Por: Arthur Yoffe

O grupo cearense de teatro .COM estreou nesta quinta-feira, 30, a adaptação da peça musical "Rent - Os Boêmios", no Teatro Celina Queiroz, em Fortaleza (CE). A peça "Rent - Não Há um Amanhã", dirigida e adaptada por André Gress, lotou o teatro. Foram vários os números musicais que receberam palmas do público presente, favoritando a atuação de Ícaro Sampaio, que interpreta o travesti Angel. A montagem permanece em cartaz no Teatro Celina Queiroz nesta sexta-feira, 31, às 20h, com a entrada gratuita até preencher as poltronas do local. No sábado e domingo, também às 20h, "Rent" será apresentado no Teatro SESC Emiliano Queiroz. O elenco é composto por estudantes da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). A revolucionária ópera rock “Rent – Os Boêmios”, do ganhador do prêmio Pulitzer Jonathan Larson, conta a história de um grupo de boêmios lutando para se expressar através de sua arte e “dando ritmo às suas vidas com o amor”. Contrastando o cenário arenoso do bairro de East Village, em Nova York, esses amigos aspiram sucesso e aceitação, enquanto resistem aos obstáculos da pobreza, doença e a epidemia da AIDS. O CCR assistiu! É ousado investir na adaptação de um musical da Broadway. Mais ousado ainda é constatar que é o capricho de estudantes que, mesmo sem patrocínio, realizaram o projeto. As qualidades da produção de "Rent - Não Há um Amanhã" são claras: atores dedicados e músicas agradáveis. No Ceará, ainda não uma grande prática de montar peças teatrais musicais, até porque alguns dos principais teatros da cidade têm um sistema acústico deficiente (principalmente o prédio histórico do extinto Teatro São Luiz). No Celina Queiroz, evitar a microfonia ou confundir qual microfone deveria ligar foi particularmente complicado. Ainda em termos musicais, o potencial vocal de parte do elenco é marcante, principalmente dos atores Júlio Lira, Karla Brito e Anderson Barreto. Perfeitamente afinados, é piedoso não haver harmonia completa do elenco, que não decepciona, mas se destaca em nível vocal inferior. Outro destaque vai para Ícaro Sampaio, intérprete da travesti Angel. A desenvoltura em viver um personagem caricato, mas que possui as melhores motivações do enredo, é a marca de Sampaio. Todas as cenas que participa, tira a atenção do restante do elenco, até mesmo quando está apenas em segundo plano. Wânyffer Monteiro interpreta Maureen, uma mulher sensual que largou o namorado e se apaixonou pela prima. Completamente à vontade nos palcos, Monteiro presenteia o público com um dos momentos mais divertidos da peça, em que fala de uma vaca. Imperdível. Apesar de suas eventuais falhas, principalmente em uma linha dramática razoável, a peça agrada pela graciosidade e capricho da produção, além da direção cênica. E que mais iniciativas deste gênero continuem acontecendo para movimentar o teatro cearense. Vale a pena prestigiar!

http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/13757/musical_rent_estreia_nos_palcos_de_fortaleza

W

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

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Um milk-shake incestuoso pedindo para ser provado, mas que luta contra as lâminas afiadas do liquidicador vulcânico que bate o conteúdo denso como cordas ilusórias de uma triste guitarra.

W

domingo, 2 de novembro de 2008

Just look


Um aperto de mãos e um olhar traduzem o que palavras não necessitam dizer...