sábado, 12 de fevereiro de 2011

Grand gateau




Você pode me dar um brownie, eu sempre vou sentir falta do sorvete. Eu quero mais. Eu não quero um guarda-chuva que caiba na bolsa, quero um que sirva para 6 pessoas mesmo que apenas eu use-o.

Não basta estar no topo do Everest. Deve haver um lugar mais alto para subir. Um morango no topo do bolo é bom, uma torta de morango é ainda melhor. Água da nossa geladeira nunca mata a sede, é sempre esquecida. Águas estranhas são mais desafiadoras. Aguçam a vontade, secam a boca, provocam desejos.

Ninguém nasce para ser pequeno ou para ser uma voz a mais. Nunca ouvida, nunca lembrada. A missão ao vir ao mundo é fazer alguém feliz, fazer mudanças, engrandecer-se, nunca esmorecer... Porque a sensação de estar no topo da montanha é boa, mas saber que há montanhas maiores esperando para serem desbravadas é melhor ainda.

W.A.M.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Corujas não viram andorinhas



O medo toma conta de tudo e a cada dia corrói um pouco mais. O medo de sentir, de se expressar, de corresponder a sentimentos ou simplesmente o medo de se dar uma chance.

É aterrorizante pensar em rotina, tédio ou simplesmente em ter uma pessoa, a mesma pessoa, ao lado. Não que sejam necessárias várias, essas são dispensáveis, mas uma? Assustador. É um medo desconcertante que fala por mim da forma mais rude possível, magoando todos que tentam se aproximar.

Uma proteção contra o outro que acaba me protegendo de mim mesma. Você sabe que não consegue dar uma chance ao amor, mas se dá conta de que nunca tentou. Não quer.

Suas amigas falam de namorados com quem estão há anos, de crianças, casamento... Eu sou assim. Sou livre demais para imagina-me em uma casa com uma rotina massante, presa a alguém ou qualquer coisa e cuidando de crianças. Essas são mesmo apavorantes. De alguma forma essa proteção acaba atingindo os amigos...

Nunca fui o que chamam "normal". Não consigo ser. Aprendi a focar no futuro e tenho grandes planos para mim. Para mim somente.

Talvez eu não seja uma andorinha, sempre voando em par. Talvez eu seja apenas uma coruja: em busca de conhecimento, mas desconfiada, vigilante e sempre só.

W.A.M.