sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Confusão organizada de uma jovem mente feminina


"Verborrágica, maníaca e delirante. Segundo Martha Medeiros e os meus conhecimentos sobre você, te encaixo nessas características. Sobretudo uma mulher forte com 20 anos de vivência que já viveu uns 30 em sua mente. Você me encanta, Wan. Cada vez mais. Feliz aniversário".

Essa é a dedicatória do livro "Doidas e Santas" da Martha Medeiros que o Júlio me deu. Dentre os adjetivos dispostos na descrição do livro, ele escolheu esses três para me descrever. Já , segundo o Anderson, eu estou salientada em cada uma das qualidades que fazem parte desse trecho: "Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante".
Tal afirmação do meu amigo me fez divagar sobre cada uma dessas palavras e ligá-las a mim. E sim, sou todas elas.
Um mulher deve ter pelo menos três delas, eu tenho as oito. Pois então. Já isso me levou à primeira conclusão: sou exagerada. E, ao mesmo tempo que encontrei-me exagerada, senti-me uma mulher completa.
E para que melhor atestado de culpa do que um blog e minhas profissões para alegar verborragia em altíssmo grau? Bom, dissertar sobre todos os outros seria cansativo e você não está interessado em saber das minhas qualidades, não é?

Pense comigo, meu caro, seriam mesmo apenas esses os adjetivos que compõem uma mulher? Ou melhor, como diria Medeiros, apenas três desses?

Eu não sou a mais indicada para discorrer sobre alguns assuntos, dentre eles mulheres, amores, ou bolsa de valores. Entretanto, se me permitem as companheiras de sexo, me sinto diferente. Afinal, poucas entendem de futebol, fórmula 1, carros e liberdade como eu. Então, acho que posso falar de mulheres com a proficiência de quem está com um pé fora do estereotipo.
Sim, somos todas loucas. E como criaturas em pé de guerra com os próprios pensamentos, passamos a vida tentando nos livrar de alguma camisa de força. Cada uma com um jeito peculiar. Umas se jogam nas paredes alcochoadas, outras, por não terem a vida tão forrada, debatem-se, mas sempre em busca da tão sonhada liberdade. De expressão, de gostos , dos pais, dos homens, de ser mulher.

É... não posso mesmo falar sobre mulheres. Quiz discorrer sobre elas, mas acabei falando apenas de uma.
E agora, relendo as linhas que acabo de escrever, a única conclusão na qual posso chegar é que devo inserir mais um adjetivo na minha enorme gama de três: confusa.
Só alguém muito confuso escreve um texto assim, sem pé nem cabeça.

Tenho dito.
W.A.M.

3 comentários:

Ícaro Sammpaio disse...

é isso que faz de você única.

Elih Alcântara disse...

Louca, mulherzona e mais um monte de coisas.

Ícaro Sammpaio disse...

Uma mulher que é real.
Que tem defeitos e qualidades.
Às vezes ficam pensando num ser humano perfeito...
... e alguns “defeitos” são necessários para a formação da identidade única e exclusiva.