quarta-feira, 11 de março de 2009

Confiança em desconstrução

Senta, olha para a parede cor de gelo e espera. Pacientemente espera o vindouro e desconhecido. Sensações perpassam sua cabeça, embolam no estômago e unem-se até formarem um grande nó obstruidor de raciocínios.
Ele espera e elas vem. Uma por uma, em fila indiana, deixando o traço característico pelo caminho macio e alvo. Os olhos ressaqueados começam a transbordar provocando tempestades.
Se rende à dor de ser negado por si mesmo e cai em prantos copiosos, em uma tentativa de expelir o nó que o impede de pensar e respirar. A angústia, a sensação de fragilidade. Ser frágil é um pecado para ele, tão acostumado a ser firme, ele é frágil ao negar suas fragilidades. Sua segurança, tão almejada e invejada por todos, enfraquece em frente ao agora conhecido, desconhecido.
Ele quer ser livre, por um momento ao menos, da sua força interior, da sua auto-confiança invejável e quer render-se à condição humana de sentir medo e rejeição.

A confiança em si é essencial, mas ele aprendeu a duvidar dos mais seguros, eles sofrem ao dobro nos momentos de fraqueza.

W.A.M.

2 comentários:

Suyanne Correia disse...

Wan... copiei um trecho seu em meu blog, viu?
Adorei... eu precisava fechar meu blog hoje com essa frase...

"Ser frágil é um pecado para ele, tão acostumado a ser firme, ele é frágil ao negar suas fragilidades."

Obrigada por me clarear emprestando suas palavras. Beijo grande...

Suyanne Correia disse...

esse é o link do meu blog...
comeceo essa madrugada com sua frase...
http://suyannecorreia.spaces.live.compersaski