sábado, 9 de maio de 2009

Mãe: Anjinha ou diabinha?

Ontem li um texto no blog do Oscar Filho [ http://blogoscarfilho.zip.net/ ], no qual ele conta histórias com a sua mãe. Na hora me vieram algumas lembranças à cabeça e tive de compartilhar isso por aqui.

Eu não tenho muuuuitas histórias memoráveis com minha mãe, mas algumas me marcaram.
Como quando meu pai tinha uma Kombi [quem não conhecer esse artefato arcaico, favor procurar no Google] que carregava a família toda. Um dia, no meu aniversário de 6 anos [creio eu], fomos ao Zoo com a família materna toda e, no caminho, vi um lugar com uma placa enorme ecrita: "motel alguma-coisa-que-nã-recordo". Perguntei a ela o que era motel. Ela disse que era o mesmo que hotel. E eu, já pentelha e chata, disse que não era não. Depois de muita discussão eu disse que ia chamar de motel, porque era mais bonito e ela dizendo que ia me dar uma surra toda vez que o fizesse. =s

Por falar em pentelha, minha mãe foi uma das minhas primeiras professoras, ela que me alfabetizou e desde essa época, eu já me fazia de santinha no colégio por causa da mãe professora e da tia secretária. Fazia as coisas sempre na cara-de-pau sem ela ver. Mas um dia deu errado. Eu disse uns palavrões pra um colega, o pentelho do Jardel, e ele disse pra mamãe que saiu correndo com o tamnaco atrás de mim, enquanto eu pulava as cadeiras e todos riam. Isso é coisa que mãe faça? Podia ter me traumatizado...

Mas por falar em traumas e informações erradas relacionados à mamãe, lembro de quando a perguntei o que era menstruação e ela disse: "no tempo certo, você vai saber". Odiava aquilo! O negócio é que chegou o dia, passei o dia morrendo de dor, levei um dos maiores sustos da minha vida e só depois ela me explicou e ainda sem dizer o nome maldito. Se toda menina dependesse de uma mãe como a minha pra entender das coisas, o mundo estava super-populoso...

O pior eram as gambiarras que ela fazia no meu cabelo. Primeiro que ela não o cortava, o cabelo chegou à bunda e eu lá... Ela pegava ele, entupia [literalmente] de creme e fazia mil tranças e laços e nós e, no outro dia, como nem dava pra pentear mesmo, era mais e mais creme... Depois perguntam porque fiquei careca.

Comigo já maior, minha mãe pregou mais uma peça em mim [não que a intenção fosse pregar peça] e mandou a amiga de infância dela, dona de um salão de cabeleireiros, me depilar. Lá vou eu fazer apenas a sobrancelha e DO NADA a mulher abaixa minhas calças sem nem pedir e avisa que minha mãe mandou fazer o contorno. Ela abaixou as calças sem permissão e me fez morrer de dor e sangrar pra caramba. Agora me digam se isso não foi um mandato de estupro feito pela minha própria mãe?

Eu poderia contar muitas outras histórias aqui, mas não lembro bem. Quando for lembrando, volto pra aumentar o post. Mas, não se enganem com a minha mãe... Ela é boa sim... É a melhor mãe que eu tenho! ;D

W.A.M.

Um comentário:

Felipe Goes disse...

Engraçado lembrar de coisas sobre a infância. Adorei a tua capacidade de lembrar de detalhes assim... quanto a Kombi, pequena miss Sunshine... eu sei o que é muio bem...hehehe.