Dezembro tem um quê de desgosto, de desejos que ficaram pelo caminho e talvez possam ser supridos a partir do "próximo mês". É tempo de arrependimentos e arrebatamentos. De olhar para trás como se possível fosse resumir 365 dias em um único sentimento sobressalente.
Entre devaneios e turvas visões da realidade, eu escrevo. Escrevo, porque a mão inquieta anseia por fazer desenhos do que sou e do que espero ser. Escrevo, porque o meu coração é envolto por duro gelo, mas por dentro ele queima, bate em um furacão de sentimentos e sente além do que o corpo pode passar. Escrevo para libertar-me do frio e mergulhar de vez na beleza da escuridão que não me dá certezas, mas me dá as dúvidas que construirão a intensidade de uma vida.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Um longo dezembro
Dezembro tem um quê de desgosto, de desejos que ficaram pelo caminho e talvez possam ser supridos a partir do "próximo mês". É tempo de arrependimentos e arrebatamentos. De olhar para trás como se possível fosse resumir 365 dias em um único sentimento sobressalente.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Toc-toc
Entrar em si. É dentro de você que ela deve estar.
Dorminhoca, preguiçosa, hibernando a espera do verão.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Rise up this morning smiling with the rising sun
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Será?
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Palavras destruídas
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Única
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Deixando viver
sábado, 30 de outubro de 2010
Tão bem só! Mas tão só...
domingo, 10 de outubro de 2010
Blue moon...
sábado, 18 de setembro de 2010
Velha culpa
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O peso da camisa
sábado, 11 de setembro de 2010
Dependence day
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Alprazolam
domingo, 5 de setembro de 2010
Boom!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A droga do amor
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Move on
Fortaleza, sexta-feira 13
Oi, tudo bem?
Nunca fui muito boa com as palavras, pelo menos não as que saem pela boca. Minha verborréia flui melhor com pena, tinteiro e uma folha de papel. Que antigo, né? Eu sei. Prometo que da próxima vez tento, ao menos, usar uma bic mordida, até porque é por isso que lhe escrevo.
Estou tentando mudar, jogar fora os velhos hábitos e tudo aquilo que me faz mal. É tempo de renovação. Bom, vou direto ao ponto. Você faz parte do meu antigo eu, de uma pessoa confusa e que sempre carregava uma cruz maior do que os seus pecados. Eu não quero mais isso pra mim.
Parece desonesto fazê-lo por carta, mas você mesmo nunca foi exemplo de honestidade. Chegava sorrateiro e atacava como um lobo, corroendo minhas entranhas e tirando o que há melhor em mim. CHEGA!
É tarde para olhar pra trás e não existe borracha que apague os erros passados. Com tanta tecnologia bem que poderia haver um programa que nem naquele filme lá do Jim Carrey e da garota de cabelo colorido, mas não se preocupe, também deixei de fantasiar com filmes. Pintar o cabelo de verde não ajudou, então melhor parar.
Aí eu imagino: de que adiantaria apagar o que passou? Quer dizer, seria justo apagar o que me faz tão mal se um dia me fez tão bem? O pior é que eu mesmo não sei quando começou a mudar. Ódio e amor são opostos e, exatamente por isso, completam-se. É como se não gostassem de olhar no espelho, pois quando olham vêem a parte de si que rejeitam. Só que nesse momento, eu tenho que arrancar essa outra parte de mim, mas sem esquecer você, pois é meu aprendizado e minha base para crescer.
Me diz uma coisa... Você me apagaria? Do que estou falando? Você já me apagou e me deixou cega a ponto de eu esquecer como se sorri. Não posso te apagar da memória, mas posso começar uma nova. Uma memória cheia de sorrisos, onde só permanece quem merece e essas pessoas eu sei pelo olhar, pelo riso compartilhado e pela falta do lembrar você.
É parte de mim, não posso mudar. Posso agora arquitetar uma melhor para ficar a sua frente e mostrá-la aos meus filhos.
Adeus, passado. Foi um prazer conhecê-lo e um desprazer vive-lo.
W.A.M.