Não é preciso ter vergonha de sentir, mesmo que tudo o que você sinta seja o medo. O puro medo de sentir. Mesmo que esse medo cause-lhe uma vergonha intensa.
O problema é quando se quer sentir medo. Sem ele feridas abririam, algumas reabririam, já que o alzheimer não afeta a alma.
Na verdade deve-se simplesmente sentir. Com a alma, com a cabeça, com o coração, com o corpo. Sentir intensamente o que a vida oferece e tantas vezes as ofertas são recusadas pelo medo. Mas o que seria do ser-humano sem o medo? Alguns só se reconhecem com ele.
Seria isso medo de fato ou apenas precaução? Seria isso ser covarde? Algumas perguntas parecem fáceis de responder quando a cicatriz não está na sua pele.
Quando se sente acuado, o verdadeiro medo a se ter é o de ser você mesmo. Ou deveria- se ter, na verdade, vergonha disso? Muito tarde para perguntas quando o mundo pressiona por respostas e você se vê cansado demais para responder.
A quelóide na alma deixa marcas maiores.
W.A.M.
Um comentário:
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