A arte do nada dizer não é entendida, apreciada, compartilhada. Os olhos perderam sentido, além do enfeitar as órbitas do rosto.
"Você já deitou seus olhos sobre os olhos de alguém?"
Eu procuro deitá-los e deleitá-los, mas as camas escolhidas ainda são despreparadas para entender a complexidade do outro. Os olhos informam sobre a alma e por mais que a curiosidade queira ler outrem, ninguém lê por medo de ser lido em retorno. A covardia e a falsidade são o mal do século.
Quando a beleza do encontro entre os olhares se vai, fica a verborreia do não dito, ou, simplesmente, o corporalmente dito. Dessa verbosidade inútil brotam utilidades sem uso.
Eu sou uma cachoeira de palavras. Das ditas. Das não ditas. Verbalizadas ou não, elas emanam. Consomem-me. Dilaceram-me. Não. Dilaceram o outro na mira dos meus olhos.
Fácil ignorar o dito pelo que não diz, mas quando faladas, as palavras escorregam pela língua e, molhadas, são jogadas pelos lábios nervosos para libertar as pequenas prisioneiras. As palavras tomam forma e fica mais fácil interpretá-las. Algumas pessoas são burras o bastante para entender as entrelinhas.
Hoje, sinto-me mais leve, mesmo que mais pesada. As minhas palavras também podem voltar-se contra mim e eu devo colher as consequências do dito. Hoje, sou leve mesmo que triste. E essa tristeza é a certeza de que tenho em mim todos os sentimentos do mundo e mais um. Basta me ler.
"Você já deitou seus olhos sobre os olhos de alguém?"
Eu procuro deitá-los e deleitá-los, mas as camas escolhidas ainda são despreparadas para entender a complexidade do outro. Os olhos informam sobre a alma e por mais que a curiosidade queira ler outrem, ninguém lê por medo de ser lido em retorno. A covardia e a falsidade são o mal do século.
Quando a beleza do encontro entre os olhares se vai, fica a verborreia do não dito, ou, simplesmente, o corporalmente dito. Dessa verbosidade inútil brotam utilidades sem uso.
Eu sou uma cachoeira de palavras. Das ditas. Das não ditas. Verbalizadas ou não, elas emanam. Consomem-me. Dilaceram-me. Não. Dilaceram o outro na mira dos meus olhos.
Fácil ignorar o dito pelo que não diz, mas quando faladas, as palavras escorregam pela língua e, molhadas, são jogadas pelos lábios nervosos para libertar as pequenas prisioneiras. As palavras tomam forma e fica mais fácil interpretá-las. Algumas pessoas são burras o bastante para entender as entrelinhas.
Hoje, sinto-me mais leve, mesmo que mais pesada. As minhas palavras também podem voltar-se contra mim e eu devo colher as consequências do dito. Hoje, sou leve mesmo que triste. E essa tristeza é a certeza de que tenho em mim todos os sentimentos do mundo e mais um. Basta me ler.
W.A.M.
P.S.: Suyanne, obrigada por todos os seus comentários sempre, de verdade, mas não consegui abrir seu blog.
Um comentário:
Lindo lindo Wanzinha os seus escritos de hoje... as plavras de hoje e principalmente suas entrelinhas.
Quanto a meu blog, é uma incógnita... pq ele é um space do msn, achoq ue tu terá que me add lá primeiro. Ou então tenta entrar pelo link que ta lá no meu orkut. Sei não... rsrsrsrsrsrsrs
beijo grande e até amanhã!!!
Suyanne Correia
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