segunda-feira, 2 de março de 2009

Efêmeros pensamentos duradouros

O peso da sua cruz nunca é maior do que aquilo que você pode suportar. Clichê. Mas quem disse que clichês não têm sua sabedoria? Cada um suporta do jeito que consegue. Alguns demonstram fisicamente, outros sorriem para guardar para si e há os que sorriem simplesmente, porque não vivem para o sofrimento.

Eu olho em volta e observo, analiso, desmembro. Vejo que as melhores e mais equilibradas pessoas são as que mais sofrem e as mais fúteis e egoístas são as que nunca sentiram o gosto amargo das lágrimas da dor. E destas eu tenho pena. Pessoas que vivem em uma cúpula de vidro, superprotegidas pela bonança financeira e pela família perfeita. Mal sabem que o berço de vidro um dia quebra e, se sabem, não ligam. Enquanto isso há pessoas que conheceram a dureza da vida desde muito cedo e, antes do que deveriam, tiveram de aprender a sobreviver e proteger-se dos outros e de si.

Dançar tango na Argentina ou viajar pela Ásia pode acrescentar muito à nossa cultura, mas aprender a poupar esse dinheiro e se contentar com um samba na gafieira para ter dinheiro para a passagem de volta para casa, acrescenta maturidade. O dinheiro alcança muitas coisas, mas o que fazer com elas de forma responsável só é possível com a maturidade presenteada pela vida.

Talvez isso seja só um desabafo de uma invejosa que queria estar em Londres com a família perfeita.

W.A.M.

2 comentários:

Suyanne Correia disse...

adorei seu texto... eu tb queria ter grana pra viajar e ter a família perfeita, como não tenho a prendi a ser feliz do emu jeito. rsrsrsrsrs
Afinal, louco é quem não procura ser feliz com o que possui, tb não defendo o comodismo, pelo contrário, mas nós damos a nossa dor a intensidade que queremos. Não da pra ficar sofrendo por não termos certas coisas, nbé? Concordo com você "Fan" rsrsrsrsrs beijocas procê.

Anônimo disse...

incrível