Como você já deve ter notado, este blog é como um diário que estou tentando manter e, como tal, escrevo acontecimentos e sentimentos do dia que termina. Aqui vão alguns:
Estava eu hoje na parada para pegar meu velho Campus do Pici - Unifor, quando vejo uma senhora deficiente visual pedindo ajuda a um casal que passava. Não era ajuda financeira ou algo que você possa ter pensado. Ela pedia apenas para que a ajudassem a atravessar a rua.
_ "Vou só ali, quando voltar eu lhe levo", a mulher respondeu enquanto o marido a puchava pelo braço. Bom, se eles não podiam esperar, porque a moça cega poderia? Eu a levei até o outro lado da rua e até a parada observando sempre aonde estávamos antes. Voltei, esperei por cerca de vinte minutos o ônibus e o casal que ia "ali" e já voltava, não voltou.
É... o corre-corre do dia-a-dia leva a situações como essa. As pessoas andam tão rápido e tão centradas em seus umbigos que não param nem para amarrar o cadarço e quando olham, finalmente, para o lado, alegam pressa e compromissos que poderiam muito bem ser um pouquinho adiados tanto por cinco minutos a mais que a mulher levou na maquiagem, quanto por ela ter levado uma cega ao outro lado da rua.
Agora, falando em crimes desumanos, estou aqui na frente do computador delirando sobre a diferença entre cegos de nascença e cegos por opção (uma pessoa que não estende a mão para o outro fecha os olhos para o mundo) e escuto aquela musiquinha temida do plantão da globo. Eloá morreu atingida por dois tiros, um na cabeça, outro na virilha e sua amiga foi atingida na boca.
Tudo por amor... Que amor doentio esse, não? Tão melhor seria a humanidade se as pessoas simplesmente esticassem as mãos para amparar o próximo.
_ "Vou só ali, quando voltar eu lhe levo", a mulher respondeu enquanto o marido a puchava pelo braço. Bom, se eles não podiam esperar, porque a moça cega poderia? Eu a levei até o outro lado da rua e até a parada observando sempre aonde estávamos antes. Voltei, esperei por cerca de vinte minutos o ônibus e o casal que ia "ali" e já voltava, não voltou.
É... o corre-corre do dia-a-dia leva a situações como essa. As pessoas andam tão rápido e tão centradas em seus umbigos que não param nem para amarrar o cadarço e quando olham, finalmente, para o lado, alegam pressa e compromissos que poderiam muito bem ser um pouquinho adiados tanto por cinco minutos a mais que a mulher levou na maquiagem, quanto por ela ter levado uma cega ao outro lado da rua.
Agora, falando em crimes desumanos, estou aqui na frente do computador delirando sobre a diferença entre cegos de nascença e cegos por opção (uma pessoa que não estende a mão para o outro fecha os olhos para o mundo) e escuto aquela musiquinha temida do plantão da globo. Eloá morreu atingida por dois tiros, um na cabeça, outro na virilha e sua amiga foi atingida na boca.
Tudo por amor... Que amor doentio esse, não? Tão melhor seria a humanidade se as pessoas simplesmente esticassem as mãos para amparar o próximo.
W.A.M.D.
3 comentários:
E assistindo ao JN, vejo que a imprensa mais uma vez falhou. Eloá não morreu. O estado de saúde é gravíssimo, mas ainda não morreu. Bela checagem de informações, Globo. Tavam com saudade de assustar as pessoas com a música do plantão? hehe
hedonismo, egoísmo, narcisismo, combinam direitinho, né?
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