Toda forma de conhecimento é válida. Toda. Principalmente a dos cabelos brancos. No último final de semana tive a chance de escutar um senhor muito sábio falar. Sobre mirtáceas. Sobre a vida. Eu, jovem que sou, ouvi atentamente a aula gratuita proferida por aquele homem de rosto maduro e amigável e cabelos prateados pelo tempo. Não havia outro lugar no qual preferia estar.
Sempre aprendo com a experiência grisalha. Meus avós também muito me ensinam. Eles não estudaram, minha avó materna nem sequer sabia ler, mas são muito mais sábios do que sonho em ser. Eles me ensinam sobre a vida.
Paternos e maternos viveram em casas de taipa, batalharam duro por uma vida melhor. Erraram. Aprenderam. Ensinaram meus pais. Estes, já sexagenários, me ensinam a cada dia o valor do suor, do trabalho duro, do estudo e busca pelo conhecimento. Eu só tenho a aprender e admirar.
Se pudesse dar um conselho, mesmo com meus cabelos pretos quimicamente aruivados, seria: escute. A leitura engrandece e ninguém pode roubá-la, mas há mais meios de aprendizagem. Escutar a sabedoria daqueles que viveram. Explorar o que os olhos esbranquiçados aprenderam com a vida e o que tornou os cabelos prateados.
Meus avós, pais e o sábio senhor botânico sabem mais do que muitos de nós saberemos. Dos livros. Do mundo. Dos cabelos brancos de sabedoria.
W.A.M.
Um comentário:
Querida Wannyfer,
já havia um velho ditado chinês que dizia: se você não tem um velho em casa, adote um.é mais do que louvável sua atitude....conseguimos aprender tanto com essas pessoas, sejam elas nossos avôs ou não....aprendemos o que é a vida...
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