É incrível a paixão do brasileiro por futebol. A vibração nos estádios é mais calorosa e excitante que a de qualquer outro país. Entretanto há uma paradigma que diz que os maiores times são os mais vitoriosos, afinal de que vale competir sem ganhar, não é?
Eu sinto discordar com isso. O que faz um time grande senão a força de cair e ser maior do que a própria queda, ter forças para erguer-se e transpor os limites da realidade? O que faz um torcedor mais fiel que aquele que vê o time caindo e levanta-se com ele com um vigor que pensou-se perdido e o impulsiona às vitórias posteriores?
Vencer não basta! Futebol é como a vida, na qual devemos conhecer o gosto da derrota, senão não poderemos dizer que vivemos. A raça e o vigor de uma torcida que permanece unida e numerosa mesmo depois de tantas derrotas é o que faz um time grande.
Claro que eu falo do Corinthians. Ou melhor, dos corinthianos, pois nós que temos um time. Nós o carregamos como um troféu e o erguemos bem acima de nossas cabeças para mostrá-lo a todos com o peito inchado de orgulho. Não um troféu de numerosas vitórias, mas um souvenir de obstáculos derrubados, de uma torcida sem a qual o time continuaria sendo grande, mas nunca seria "O todo poderoso Corinthians".
Se o time é o São Jorge, o santo guerreiro que a cada ano tem de derrotar vários dragões, a torcida é seu cavalo, sua base sólida que nunca se desfaz, só tem os músculos fortalecidos pelas experiências de batalhas.
Não só o Corinthians foi rebaixado, outros grandes também se ergueram, inclusive o arqui-rival Palmeiras e eu parabenizo com louvor. Mas como explicar uma torcida sofrida que levanta o time sempre com um número maior e maior de integrantes?
Há muito tempo atrás eu vi no jornal a história de um são paulino que sofreu um transplante de coração e, sem explicações, simplesmente começou a torcer pelo Corinthians. O jornal [creio que foi o próprio Globo Esporte, se alguém lembrar, me diga, por favor] foi atrás e descobriu que o doador era corinthiano. Você tem alguma explicação plausível para me dar?
Hoje mesmo, na record, vi a história de um corinthiano que sofreu um enfarto durante uma partida de futebol e o seu novo coração não era de um corinthiano, mas ele continuou a ser. Explicação?
Como explicar a paixão que ferve no peito sem uma causa aparente? Libertadores? Não, não temos. Mas nós desenvolvemos o nosso próprio poder de nos libertar. Libertar da ditadura dos títulos a todo custo e ficamos livres para amar.
Nós somos um só. Uma legião de loucos e delinquentes cujo único crime é amar demais e se render a esse amor. Carregamos o manto no corpo nas vitórias e derrotas [me chamaram de louca por sair com o manto um dia após o revaixamento], pois na primeira ou na terceira divisão um time que é garnde, permanece grande.
P.S.: Sim, o post de hoje foi uma declaração escancarada de amor. A úníca que eu já diz em toda a minha vida.
Eu sinto discordar com isso. O que faz um time grande senão a força de cair e ser maior do que a própria queda, ter forças para erguer-se e transpor os limites da realidade? O que faz um torcedor mais fiel que aquele que vê o time caindo e levanta-se com ele com um vigor que pensou-se perdido e o impulsiona às vitórias posteriores?
Vencer não basta! Futebol é como a vida, na qual devemos conhecer o gosto da derrota, senão não poderemos dizer que vivemos. A raça e o vigor de uma torcida que permanece unida e numerosa mesmo depois de tantas derrotas é o que faz um time grande.
Claro que eu falo do Corinthians. Ou melhor, dos corinthianos, pois nós que temos um time. Nós o carregamos como um troféu e o erguemos bem acima de nossas cabeças para mostrá-lo a todos com o peito inchado de orgulho. Não um troféu de numerosas vitórias, mas um souvenir de obstáculos derrubados, de uma torcida sem a qual o time continuaria sendo grande, mas nunca seria "O todo poderoso Corinthians".
Se o time é o São Jorge, o santo guerreiro que a cada ano tem de derrotar vários dragões, a torcida é seu cavalo, sua base sólida que nunca se desfaz, só tem os músculos fortalecidos pelas experiências de batalhas.
Não só o Corinthians foi rebaixado, outros grandes também se ergueram, inclusive o arqui-rival Palmeiras e eu parabenizo com louvor. Mas como explicar uma torcida sofrida que levanta o time sempre com um número maior e maior de integrantes?
Há muito tempo atrás eu vi no jornal a história de um são paulino que sofreu um transplante de coração e, sem explicações, simplesmente começou a torcer pelo Corinthians. O jornal [creio que foi o próprio Globo Esporte, se alguém lembrar, me diga, por favor] foi atrás e descobriu que o doador era corinthiano. Você tem alguma explicação plausível para me dar?
Hoje mesmo, na record, vi a história de um corinthiano que sofreu um enfarto durante uma partida de futebol e o seu novo coração não era de um corinthiano, mas ele continuou a ser. Explicação?
Como explicar a paixão que ferve no peito sem uma causa aparente? Libertadores? Não, não temos. Mas nós desenvolvemos o nosso próprio poder de nos libertar. Libertar da ditadura dos títulos a todo custo e ficamos livres para amar.
Nós somos um só. Uma legião de loucos e delinquentes cujo único crime é amar demais e se render a esse amor. Carregamos o manto no corpo nas vitórias e derrotas [me chamaram de louca por sair com o manto um dia após o revaixamento], pois na primeira ou na terceira divisão um time que é garnde, permanece grande.
W.A.M.
P.S.: Sim, o post de hoje foi uma declaração escancarada de amor. A úníca que eu já diz em toda a minha vida.
3 comentários:
Me emocionou...isso é CORINTHIANS!
aiai....rsrsr
Sou Flamenguista de coração, mas achei seu texto EMOCIONANTE ... E acho que ele demonstra o REAL sentimento de um torcedor. Pra mim tem que ser assim mesmo... cai e levantar!
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