Sento-me nesta cadeira a fim de coletar em uma folha de papel [deixe-me ser saudosista e antiga ao ponto de imaginar que estou com o papel e a caneta em mãos e não teclando em frente a um monitor] todas as impressões que ouvi falar que tiveram de mim. Como uma colecionadora de sentimentos alheios eu me ponho a escrever, tecendo um emaranhado de julgamentos errôneos ou corretos como se eles fossem a teia do meu viscoso ser.
Posso afirmar logo, como você já devia imaginar, se me conhece ou conhece os seres-humanos, que, de fato, fracassei. Busquei em pensamentos alheios e olhares de outrem alguém que não sou, pois não sou o que eles vêem.
Eu sou a minha primeira boneca de pano e cabelos loiros que me acompanhou na infância e guardo até hoje;
o chocolate que vicia;
as fofocas contadas no canto da sala;
meus impulsos e repulsos;
a macarronada da minha madrinha que não me sacia até a forma estar vazia;
o olhar angelical e carismático da minha mãe;
o olhar penetrante e furioso do meu pai;
uma iluminada em uma odisséia espacial;
Lugar Nenhum;
as memórias póstumas que me conquistaram na adolescência;
o professor de literatura que me ensinou sobre a vida;
a tia que envergonhava-me na frente dos amigos;
as ruas que andei;
os caminhos que escolhi;
as pedras nas quais topei;
a power ranger amarela;
aquela que batia nos meninos aos 5 anos;
os livros que li;
Jack perdida em um estranho mundo;
os sonhos que sonhei e tudo que realizei;
o carimba no pátio da escola;
a saia preferida que nunca vai sair do guarda-roupa;
o all-star sujo e furado;
minha caixa de cartas e papéis de bombom recebidos;
os flertes passageiros e os marcantes;
os apelidos de adolescência;
o primeiro beijo com os joelhos tremendo;
meus cachinhos;
Vincent;
as mortes da família;
a vontade de ser alguém;
afilhada de Corleone e seguidora de Durden;
o chiqueiro no qual peguei tantos bichos de pé;
meus cachorros que se foram e os que ficaram;
meus amigos;
as marcas de expressão e os traços de maturidade e imaturidade no meu rosto.
Precisamos dos outros para que sirvam de reflexo e nos digam quem somos, mas eu sou o que todos olham , mas não vêem ou o que nunca conheceram. Sou minhas memórias, tudo que fui e tudo que fiz. Meus atos e pensamentos. E você também o é. É só olhar pra trás.
Posso afirmar logo, como você já devia imaginar, se me conhece ou conhece os seres-humanos, que, de fato, fracassei. Busquei em pensamentos alheios e olhares de outrem alguém que não sou, pois não sou o que eles vêem.
Eu sou a minha primeira boneca de pano e cabelos loiros que me acompanhou na infância e guardo até hoje;
o chocolate que vicia;
as fofocas contadas no canto da sala;
meus impulsos e repulsos;
a macarronada da minha madrinha que não me sacia até a forma estar vazia;
o olhar angelical e carismático da minha mãe;
o olhar penetrante e furioso do meu pai;
uma iluminada em uma odisséia espacial;
Lugar Nenhum;
as memórias póstumas que me conquistaram na adolescência;
o professor de literatura que me ensinou sobre a vida;
a tia que envergonhava-me na frente dos amigos;
as ruas que andei;
os caminhos que escolhi;
as pedras nas quais topei;
a power ranger amarela;
aquela que batia nos meninos aos 5 anos;
os livros que li;
Jack perdida em um estranho mundo;
os sonhos que sonhei e tudo que realizei;
o carimba no pátio da escola;
a saia preferida que nunca vai sair do guarda-roupa;
o all-star sujo e furado;
minha caixa de cartas e papéis de bombom recebidos;
os flertes passageiros e os marcantes;
os apelidos de adolescência;
o primeiro beijo com os joelhos tremendo;
meus cachinhos;
Vincent;
as mortes da família;
a vontade de ser alguém;
afilhada de Corleone e seguidora de Durden;
o chiqueiro no qual peguei tantos bichos de pé;
meus cachorros que se foram e os que ficaram;
meus amigos;
as marcas de expressão e os traços de maturidade e imaturidade no meu rosto.
Precisamos dos outros para que sirvam de reflexo e nos digam quem somos, mas eu sou o que todos olham , mas não vêem ou o que nunca conheceram. Sou minhas memórias, tudo que fui e tudo que fiz. Meus atos e pensamentos. E você também o é. É só olhar pra trás.
W.A.M.
3 comentários:
Adorei! Lembei-me da minha infância,
lembrei-me de mim. =~
;**********
Muito bom, realmente gostei do texto.
Beijão!!!!
adorei o texto, expressa realmente o seu eu. ;)
ahh obg pela dica no blog, vou ver se abro minha mente hehehe.
beijos ;*
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