sábado, 27 de dezembro de 2008

Se permita! [por favor, ler tudo haoisuhas]

Há alguns dias, apesar dos acontecimentos inspiradores eu não tenho conseguido assuntos ou meios de expressá-los para escrever aqui, entretanto, agora há algo que devo compartilhar. Não é segredo para ninguém que 2008 mudou a minha vida, mas ninguém tem idéia do quanto.
Oi, sou Wânyffer. Antes de RENT eu era uma pessoa muito amiga, entretanto sem expressar isso por palavras e incapaz de ter amores. Hoje eu me expresso. Foi em 2008 que chorei na frente de muitas pessoas [e isso me fez mal], que disse o quanto amava alguns em particular [e isso me fez bem apesar de ser estranho], que me abri na frente de uma câmera com várias pessoas ao redor [e me sinto uma pessoa melhor]. Agora, eu vou reforçar tudo que já disse a alguns e não disse a outros e não me importa quem me acha chata, fria ou incapaz de amar, vocês estão enganados, pra vocês que me conhecem de verdade, aqui vai [e quem conhece sabe que antigamente eu não faria isso]:

- Natália Eleutério: Você é a luz que me guia. Há 9 anos atrás minha vida mudou quando uma garotinha nariguda de aparelho sentou atrás de mim no colégio. Desde esse dia ela sentou no mesmo canto por 6 anos e nunca mais saiu dali, virou meu guarda-costas, meu anjo da guarda. Meu céu e minhas asas.
- Renata: Não importa o quanto você queira afastá-las, as pessoas te amam, mas eu garanto que ninguém nunca te amou ou vai amar como eu. Obrigada por mudar pra melhor e me fazer mudar também. Meu sonho.
- Aline: A cada dia eu aprendo mais com você. Aprendo que amigos são para sempre e que com garra se consegue tudo. Você é meu exemplo e é você que quero seguir sempre. Meu porto.
- Luiza: Irmãos são os que se escolhem e eu te escolhi no momento em que te vi e senti aquela pontada no umbigo, devia ser o cordão umbilical chamando. Obrigada por cada momento desses 7 anos e pela graça de ter uma irmã. Meu cordão umbilical.
- Natália Évila: Quando eu penso que não dá mais pra ser feliz, você me faz rir. Quando eu penso que não há mais pessoas com cérebro, você me mostra o seu. Um amigo disse que sou beauty and brains, imagine se ele visse e falasse com você. Minha gargalhada.
- Caroline: É você que me faz rir sempre e me faz bem com sua presença, obrigada por cada sorriso que arrancou de mim, minha amiga. Você é eterna. Meu sorriso.
- Tarce: O som que mais gosto de escutar. Quando tudo está um caos sua voz terna e sincera me acalma. Minha voz.
- Paulo Victor: O que falar da graça concedida de ter amigos de infância? 13 anos se passaram e nosso amor ainda consegue crescer. Como pode? Você me faz acreditar que ainda há pessoas puras de coração. Minha pureza.
- Bernardo: A proteção que Deus enviou pra mim. Você me protege como ninguém e é você que eu chamo quando me sinto vulnerável. Obrigada. Meu escudo.
- Anderson: Você me faz acreditar que há almas-gêmeas. Se há 3 para cada pessoa na terra, eu já achei uma. Minha alma.
- Ícaro: O campus do Pici nunca mais será o mesmo depois de você, assim como a minha vida. Minha constante.
- Júlio: Meu guri, você me orgulha e eu quero estar sempre ao teu lado. Meu orgulho.
- Wanessa: Na morgação, você sempre tá lá firme forte e dançante, sem limites pra viver. Minha vontade de viver.
- Karla: Você me ensinou a amar, não preciso dizer mais nada. Meu coração.
- Tiago: Você é um poço de sabedoria e boa amizade. Obrigada por tudo. Meu ombro.
- Kensou: Meu bicho, meu bem, meu amigo. A gente se descobriu, literalmente e é incrível saber que há pessoas que lhe entendem tanto e tão bem. Pessoas com um coração de ouro. Meu parceiro.
- Pedro Guedes: O que a boca teimou em calar, os dedos nervosos não omitem. A cada dia que te encontro de novo, você se renova no meu coração de um jeito mais especial ainda. Minhas articulações.
- Pedro Parente: Um cara fofo e especial com iniciativa e uma vontade contagiante. Meu perpétuo [escolha qual quer ser ahsoiuahso ;D].
- Rafael Castelo: Minha criança, você diz que não tem coração, mas você é mais capaz de amar do que qualquer um que conheço, afinal é lindo por dentro. Quero sempre te proteger. Meu menino.
- André Gress: Você acreditou em mim quando ninguém mais acreditou. Você me deu força e impulsionou. Quando eu achava que você era o menino e eu a mulher, você mostrou que eu era nada mais que uma criança e você havia se tornado um homem. Minha garra.
- Elih: Esse ano eu te encontrei de verdade e o quão gostoso é estar em casa morgando e ouvir sua voz ao telefone. Não quero perder isso, nem você e nem sua fofura na minha vida. Meu fofo [ele me mata].
- Beatrice: A mãos que me acalentam e puxam de mim tudo que é ruim através de lágrimas ou pensamentos, apenas com um toque. Você é a verdadeira princesa. Minha princesa.
- Danilo: Uma vez lhe disse que você é uma pessoa linda e você negou, mas você é, e não falo do notável exterior. Uma das pessoas mais lindas e inteligentes que já conheci. Beauty, brain and heart. Meu querido aprendiz de Machado.
- Lino: Preciso dizer que seus olhos falam? Em um dia você se tornou mais especial que muitos em anos. Você mandou eu me permitir e eu prometo que vou viver isso. Você é lindo. Meu olhar.
- Camila Oliveira: Você é uma luzinha que ilumina com tanta beleza e inteligência. Meu sorriso.
- Bruno Calaça: Eu quero casar com você, te por nos eixos e ter uma família linda!! ahsoiauhs Você provocou diversos sentimentos em mim esse ano, mas esses foram os que prevaleceram. Quer casar comigo? Meu marido. ;D


Aqui está registrado tudo que nunca disse antes, ou disse com os olhos e vocês não souberam captar. Perdão pelas chatices, pelo humor negro, pelas vezes que calei. Lembrem, quando eu calar é só olhar nos meus olhos que estará escrito o que eu realmente quero dizer.
Não prometo virar a mais sentimental a partir daqui ou aquela que sempre vai dizer o quento lhes ama, quando precisarem. Mas, todos, sem excessão, que citei aqui, moram no meu coração. Alguns tem lotes mais fartos, outros menos, mas todos têm sua importância.
E para 2009 eu prometo medir minha vida em amor. ;D

W.A.M.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Pisei no freio obedecendo ao coração e parei, parei na contra-mão

E é nessa época natalina e nostálgica quando os homens são arrebatados por inspirações súbitas e textos meticulosamente desenhados que me acomete a arte do nada dizer. Não sei sobre o que escrever e, sendo assim, deixo os mais sábios falarem por mim:

Lúcio Arranjei novo amor no Leblon
Que corpo bonito, que pele morena
Que amor de pequena, amar é tão bom!

O Dick! Ela tem um nariz levantado,
Os olhos verdinhos bastante puxados
Cabelo castanho e uma pinta do lado

É a minha Tereza da praia

Se é tua é minha também

O verão passou todo comigo

O inverno pergunta com quem

Então vamos a Tereza na praia deixar
Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza
É da praia, não é de ninguém
Não pode ser tua ... Nem minha também
{Jobim}


Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
Alegria e felicidade com certeza.

Lá nesse lugar o amanhecer é lindo
Com flores festejando mais um dia
Que vem vindo
Onde a gente pode se deitar no campo
Fazer amor na relva escutando
O canto dos pássaros
Aproveitar a tarde sem pensar na vida
Andar despreocupado sem saber
A hora de voltar
Bronzear o corpo todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida sem frescura.

Se você não vem comigo tudo isso vai ficar
No horizonte esperando por nós dois
Se você não vem comigo nada disso tem valor
De que vale o paraíso sem amor

Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranqüilo pra gente se amar.

Lalalalalalarala, lalalalalalarala...

Se você não vem comigo tudo isso vai ficar
No horizonte esperando por nós dois
Se você não vem comigo nada disso tem valor
De que vale o paraíso sem amor

Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranqüilo pra gente se amar.

Lalalalalalarala, lalalalalalarala...
{Erasmo e o Rei}

W.A.M.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quem sou eu, afinal?


Sento-me nesta cadeira a fim de coletar em uma folha de papel [deixe-me ser saudosista e antiga ao ponto de imaginar que estou com o papel e a caneta em mãos e não teclando em frente a um monitor] todas as impressões que ouvi falar que tiveram de mim. Como uma colecionadora de sentimentos alheios eu me ponho a escrever, tecendo um emaranhado de julgamentos errôneos ou corretos como se eles fossem a teia do meu viscoso ser.
Posso afirmar logo, como você já devia imaginar, se me conhece ou conhece os seres-humanos, que, de fato, fracassei. Busquei em pensamentos alheios e olhares de outrem alguém que não sou, pois não sou o que eles vêem.


Eu sou a minha primeira boneca de pano e cabelos loiros que me acompanhou na infância e guardo até hoje;

o chocolate que vicia;

as fofocas contadas no canto da sala;

meus impulsos e repulsos;

a macarronada da minha madrinha que não me sacia até a forma estar vazia;

o olhar angelical e carismático da minha mãe;

o olhar penetrante e furioso do meu pai;
uma iluminada em uma odisséia espacial;

Lugar Nenhum;

as memórias póstumas que me conquistaram na adolescência;

o professor de literatura que me ensinou sobre a vida;
a tia que envergonhava-me na frente dos amigos;
as ruas que andei;

os caminhos que escolhi;

as pedras nas quais topei;

a power ranger amarela;
aquela que batia nos meninos aos 5 anos;

os livros que li;
Jack perdida em um estranho mundo;

os sonhos que sonhei e tudo que realizei;

o carimba no pátio da escola;

a saia preferida que nunca vai sair do guarda-roupa;

o all-star sujo e furado;

minha caixa de cartas e papéis de bombom recebidos;
os flertes passageiros e os marcantes;

os apelidos de adolescência;
o primeiro beijo com os joelhos tremendo;

meus cachinhos;

Vincent;

as mortes da família;

a vontade de ser alguém;

afilhada de Corleone e seguidora de Durden;

o chiqueiro no qual peguei tantos bichos de pé;

meus cachorros que se foram e os que ficaram;

meus amigos;
as marcas de expressão e os traços de maturidade e imaturidade no meu rosto.


Precisamos dos outros para que sirvam de reflexo e nos digam quem somos, mas eu sou o que todos olham , mas não vêem ou o que nunca conheceram. Sou minhas memórias, tudo que fui e tudo que fiz. Meus atos e pensamentos. E você também o é. É só olhar pra trás.


W.A.M.


domingo, 21 de dezembro de 2008

Qual o tamanho das pessoas?


Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas:
A Amizade,
O Carinho,

O Respeito,
O Zelo,
E até mesmo o Amor.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. E pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa
grande...
...é a sua sensibilidade, sem tamanho...

W.A.M.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Just havin'a bad day

Com que você está preocupado hoje?
Você passa o dia em casa de pernas pro ar com pais maravilhosos que lhe dão tudo e lhe amam e você não precisa trabalhar, porque acha que é jovem e eles podem lhe sustentar sempre e você também não quer dar duro, afinal eles pagam o que você quiser mesmo?
Let me get this straight...
Sorrisos podem ser apenas adornos que as pessoas tiram e poem para chamar atenção para a boca e esconder os olhos e a verdade neles.
Eu não quero ser a garota que tem sempre um ombro para por a cabeça de alguém e não tem um ombro extra;
eu não quero ser aquela que faz todo mundo rir quando está com vontade de chorar;
eu não quero ser a garota que você usa e abusa;
eu não posso ser aquela que faz de conta que é totalmente feliz;
eu não quero fazer tudo por todos e receber nada;
eu não quero ser a única responsável da turma;
eu não quero mais ter que gritar e depois sair sorrindo;
eu não posso mais esconder meus olhos;
eu não quero ser eu.
Não hoje.
Não nesta casa.
Não este mês.
Me acorde quando a Gaviões da Fiel for desfilar.
Boa noite.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

The greatest thing you'll ever learn is to love and be loved in return


Sentada neste lugar quente, minha alma congela. O suor que pinga na minha testa e escorre pelo rosto me serve de álibi para os sentimentos que destroem a pintura dos meus corredores vazios.

Minha respiração ofega pelas decobertas recentes e pára pelas lembranças passadas. Não é preciso ser um gênio para notar que dia após dia, tudo muda e nada volta a ser como era, mas é preciso ter fibra para admitir.

Dizem que “a vida é feita de escolhas”, mas há caminhos que você não pode escolher e abalam suas estruturas incomparavelmente fortes de um jeito que sua fortaleza torna-se indubitavelmente frágil.

Será possível alguém com sentimentos se acostumar com a dor da perda? A difícil e dolorosa perda que leva aqueles que dedicaram parte de sua vida a você, ou aqueles por quem daríamos a vida.

Pois venho fazer uma confissão, uma irônica confissão em tempos de internet, quando confissões perderam seu sentido inicial e passaram a ser publicadas em meios virtuais: Eu me acostumei.

Pode ser essa uma confissão prematura, tendo em vista a prematuridade da idade com qual a redijo e as perdas que ainda estão por vir, mas há uma gota de verdade ao olhar para trás.

Já perdi amigos e tios queridos e hoje faz exatamente 3 anos que uma das pessoas mais importantes da minha curta vida se foi e quando ela se foi, tudo que fui também se foi.

Tive perdas antes, sim, tive. Uma bem traumática, outras simplesmnete doloridas, outras pouco sentidas. Tive perdas depois. Depois... As perdas de depois não me furtaram uma lágrima sequer desses olhos de luz, só o transformaram em olhos de trevas, entretanto minha alma, essa sim chorava por dentro e gritava para ser ouvida através de meios físicos e externos, mas nada adiantou.

Hoje, minha alma chora. Chora pelo luto aniversariante, pelos que não chorei e por aqueles que se foram quando meu coração estava inteiro. Chora pelo estado de saúde grave de pessoas que dedicaram a vida a mim. E é lembrando deste último que reitero minha confissão: Não me acostumei totalmente. O externalização não torna nada mais real. Eu ainda não sou uma causa perdida.

O que dizer mais? Hoje, ela chora.

Amanhã ela se cala.

Depois, ela se refaz.

É preciso temer pessoas sofridas, pois elas sabem que podem sobreviver.



Texto que escrevi há exatos dois anos sobre este dia, quem sabe possam entender um pouco do que essa mulher foi:

Ela sentava na sua velha cadeira olhando para o céu como se um dia quisesse fazer parte dele. Quem sabe uma estrela brilhante,discreta como fora durante toda sua longa vida. Os cabelos grisalhos caídos nos ombros. A pele enrugada sobre o corpo magro. O vestido bordado e sujo pela fumaça do fogão.
A aparência frágil escondia uma mulher forte que criara quatro filhos,sete netos e uma bisneta como uma leoa protetora e feroz. Que mulher! O sofrimento estampado em cada linha de expressão não negava suas origens. Entretanto, tudo que aquela senhora queria era tornar-se uma estrela e cuidar de suas crianças.
E ela olhava para o céu com aqueles olhos tristes, melancólicos, com o semblante de alguém que pede clemência pela sua dor. Uma dor que parecia não ter fim. Não doía apenas no corpo, mas principalmente na alma e no orgulho de mulher guerreira.
Os anos foram passando. Ela foi decaindo. Aos poucos não andava, pouco falava, perdia os movimentos, a caveira aparecia assustadoramente embaixo da pele sem visco. O sorriso se foi, apenas o olhar continuava o mesmo; abatido.
E assim permaneceu por alguns anos até que se foi como um passarinho: silenciosa e serena. O sorriso, antes ofuscado, voltou a brilhar. E, hoje, ilumina um pedacinho do céu. Brilha singela dentro de mim.


Te amo, vovó.

W.A.M.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

I want you for fight club


Hoje as bandagens [espécie de luva que protege as mãos] do muaythai chegaram. Elas me deixaram mais segura e proporcionaram maior firmeza nos meus socos, mas socar perdeu a graça.
É... Acredite se quiser. Eu vejo graça na dor. Aliás, como senti falta da sensação de socar até as mãos ralarem e sangrarem e chegar em casa e sofrer um pouquinho no banho. Pelo menos as pernas ainda doem dos chutes.
Isso me leva, mais uma vez a divagar pelos corredores sujos e belos da minha mente rebelde: a vida teria graça ser sofrimento?
Você conseguiria viver sempre leve e alegre em meio a pessoas simplórias e sorridentes que nunca sofreram? E se nunca sofreram provavelmente seríamos todos esnobes e metidos, mas tais adjetivos vis seriam normais, já que não existiriam pessoas sofridas e tristes.
Eu sou muito otimistas, mas refletindo asim vejo graça no mau-humor. Assim como vejo graça nas feridas que coletei durantes essas semanas se boxe thailandês e na dor que ainda sinto quando levo um low kick com toda força [hoje levei de um homem XD]. Como dizem por aí [adicionando palavars minhas, é claro]: Mulher tem que ser uma dama pra sociedade e uma puta entre quatro parede, mas tem que saber bater em ambas as situações. ;D
Como diria meu instrutor, Ciborg: "Sem sofrimento não há vitória".
Eu digo: "Não basta doer, tem que sangrar".



W.A.M.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O destino não é só dramaturgo, é também o seu próprio contra-regra.

Talvez o fato de estra no mês do meu aniversário, do natal e fim de ano esteja me leando a reflexões pleonásticas sobre a minha vida. Tudo me leva a efemeridade dela.
As pessoas continuam deixando de viver e arriscar por imaginar que amanhã terão mais tempo, mas eu sei que o amanhã pode não vir e as coisas que eu deixo amontoadas atrás da porta um dia serão varridas, para debaixo do tapete, quem sabe.
"O destino é inexorável", como diria um amigo, ele escreve nossas histórias e dá todas as ferramentas para que cada cena seja contruída com perfeição, mas a atuação depende de nós e a técnica vem com o tempo. Alguns atuam com parceiros como ninguém, outros preferem cenas mudas, e outros ainda são mestres em monólogos. Como diria um certo grande homem, a vida é um palco.
Nesse palco é necessário exercermos nosso papel sem receios ou arrependimentos. Ao esquecer a fala, improvisa-se, ao topar, ergue-se.
É assim que quero viver. Encarando a platéia em monólogos sem sentido e os fazendo sentir a adrenalina que corre pelas minhas veias.
Ai ai.. A cada dia meus textos estão mais nonsense. Bom, você lê poruqe quer. ;D

W.A.M.


sábado, 13 de dezembro de 2008

A eternidade tem as suas pêndulas


“A alma de muita gente com sabes, é uma coisa assim como disposta, não raro com janelas ou para todos os lados, muita luz e ar puro. Também há fechadas e escuras, sem janelas ou poucas e gradeadas, à semelhança dos conventos e prisões. Outrossim , capelas e bazares, simples alpendres ou espaços suntuosos. Não sei o que era a minha”

W.A.M.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Confusão organizada de uma jovem mente feminina


"Verborrágica, maníaca e delirante. Segundo Martha Medeiros e os meus conhecimentos sobre você, te encaixo nessas características. Sobretudo uma mulher forte com 20 anos de vivência que já viveu uns 30 em sua mente. Você me encanta, Wan. Cada vez mais. Feliz aniversário".

Essa é a dedicatória do livro "Doidas e Santas" da Martha Medeiros que o Júlio me deu. Dentre os adjetivos dispostos na descrição do livro, ele escolheu esses três para me descrever. Já , segundo o Anderson, eu estou salientada em cada uma das qualidades que fazem parte desse trecho: "Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante".
Tal afirmação do meu amigo me fez divagar sobre cada uma dessas palavras e ligá-las a mim. E sim, sou todas elas.
Um mulher deve ter pelo menos três delas, eu tenho as oito. Pois então. Já isso me levou à primeira conclusão: sou exagerada. E, ao mesmo tempo que encontrei-me exagerada, senti-me uma mulher completa.
E para que melhor atestado de culpa do que um blog e minhas profissões para alegar verborragia em altíssmo grau? Bom, dissertar sobre todos os outros seria cansativo e você não está interessado em saber das minhas qualidades, não é?

Pense comigo, meu caro, seriam mesmo apenas esses os adjetivos que compõem uma mulher? Ou melhor, como diria Medeiros, apenas três desses?

Eu não sou a mais indicada para discorrer sobre alguns assuntos, dentre eles mulheres, amores, ou bolsa de valores. Entretanto, se me permitem as companheiras de sexo, me sinto diferente. Afinal, poucas entendem de futebol, fórmula 1, carros e liberdade como eu. Então, acho que posso falar de mulheres com a proficiência de quem está com um pé fora do estereotipo.
Sim, somos todas loucas. E como criaturas em pé de guerra com os próprios pensamentos, passamos a vida tentando nos livrar de alguma camisa de força. Cada uma com um jeito peculiar. Umas se jogam nas paredes alcochoadas, outras, por não terem a vida tão forrada, debatem-se, mas sempre em busca da tão sonhada liberdade. De expressão, de gostos , dos pais, dos homens, de ser mulher.

É... não posso mesmo falar sobre mulheres. Quiz discorrer sobre elas, mas acabei falando apenas de uma.
E agora, relendo as linhas que acabo de escrever, a única conclusão na qual posso chegar é que devo inserir mais um adjetivo na minha enorme gama de três: confusa.
Só alguém muito confuso escreve um texto assim, sem pé nem cabeça.

Tenho dito.
W.A.M.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Obrigado por mujir


Garfield e Elza

Esse post é simplesmente para agradecer. Agradecer a todos aqueles que fizeram parte dos meus 20 aninhos [não apenas da festa] e por terem feito meu dia melhor ontem.
Agradecer àqueles que cansados e sem grana foram me ver.

Àqueles que estavam trabalhando e estudando e chegaram no final apenas pra me dar um oi.

Àqueles que, de outro país, me mandaram scraps ou entraram no msn.

Àqueles que não conheciam ninguém na mesa, mas permaneceram até o fim por causa de mim.

Àqueles que abriram mão de peças de coleção do Neil Gaiman *_*.
Àqueles que não foram porque passaram mal ou estavam prontinhos e não puderam ir.
Àqueles que não tinham grana e tiveram a consideração de ir lá só olhar pra minha cara e ver todos comerem.
Àqueles que foram me cobrar ahsoauhs.
Àqueles que me deram telefonemas ilustres XD.

Àqueles que deram livros com lindas dedicatórias.
Àqueles que me deram sorrisos e abraços beeeeeeeeeeeem apertados.

Àqueles que me deram ursinhos que, de alguma forma, pareciam comigo hehehe.

Àqueles que mandaram mensagens e ligaram.
Àqueles que passaram o dia comigo.

Aos abraços, desejos, carícias, palavras, beijos, memórias, sorrisos, gargalhadas...
Vocês fizeram o meu aniversário mais feliz e marcaram minhas duas décadas.


Àqueles que mujiram comigo, meu muito obrigada.

W.A.M.

domingo, 7 de dezembro de 2008

About Me


Foto tradicional da família Lopes de Araújo Monteiro de Oliveira


Oi, meu nome é Wânyffer Monteiro. Nasci em Fortaleza, capital do Ceará, 5ª maior cidade do Brasil e apesar de ser genuinamente cearense, sempre pensam que não sou daqui.

Fui criada na linha tênue entre o amor e o ódio, entre a superproteção e a loucura, entre o carinho e o perigo. Cresci com os dois lados da moeda. A filha de classe média que sempre teve tudo que quis (ou quase), que vive bem, mas que enfrentou realidades duras e doloridas que a fizeram acordar para o mundo.

Típica sagitariana: livre, apaixonada pela vida, desapegada, criada entre felinus arcaicus de uma cidade forrozeira.

Já fiz de tudo um pouco e, ao mesmo tempo, fiz um grande nada. Balet, Volley, Handball, futebol, musculação, natação, muaythai, animes, mangás, heavy metal, punk, grunge, soul, pop, jazz, clássica, hard rock, cantar, atuar, apresentar, reportagens, faculdade de letras, faculdade de jornalismo, um musical, monólogos estranhos... Mas nunca fui onde quiz [e quero e irei] e sempre tive quem eu quis e posso ter, mas nada que tocasse fundo o coração.

Nunca vi o céu da capela Sistina, ou li em um café parisiense, nunca deitei em um parque londrino ou naveguei pelas límpidas águas venezianas, nunca acordei ao lado de alguém me sentido completa e nunca achei a cara-metade [creio eu], nunca esplorei castelos europeus, vi a casa rosada ou atravessei a Abbey Road, nunca fui ao Vaticano ou vi a torre de Pizza, nunca olhei para alguém e quis parar o mundo e nunca vi o verdadeiro Pateta, nunca pulei do insano e nem nadar eu sei, não sei andar de bicicleta ou dar estrelinha, sei falar sobre Dali e Van Gogh, mas nunca vi suas reais obras, conheço as lendas da criação de Roma, mas nunca estive lá, fiz dança do ventre, mas nunca fui ao oriente, adoro O Poderoso Chefão, mas nunca senti o aroma de uma genuína cantina italiana. Duas décadas tentando deixar de ser uma simples observadora, subir no palco e dominar o mundo, ao menos meu mundo.
Duas décadas de uma vida vazia.

Já namorei à distância e fui a grandes shows. Já quebrei o nariz de uma pessoa e já fui ameaçada de morte. Já vi um amigo "estourado" e já me vesti de preto até o talo. Já beijei homens e mulheres, alguns eu nem sabia o nome. Já beijei triplamente, quadruplamente e quase quintuplamente [mas não dá -.-]. Já tive coqueluche, dengue e convulsões. Já tive doenças que podem levar à loucura. Já segurei a mão de alguém que gostava e passei noites em hospitais com as pessoas que mais significavam para mim. Já enterrei amigos, avó, tios e primos queridos. Já fui espancada muitas vezes até sangrar e já tive vontade de matar. Já tomei porres de esquecer o que fiz e já cuidei de amigos bêbados. Já subi em árvores e comi manga do "pé", já peguei muitos bichos de pé. Já enterrei muitos cachorros, pássaros e gatos amados. Já machuquei, enganei e iludi, já fui machucada. Já fui tachada de durona e de fofa, já fui durona e fofa. Já ouvi e ouvi e ouvi segredos que até hoje não pronunciei e não pronunciarei, já contei segredos e quebrei a cara. Já sonhei com príncipes e já os fiz sonhar. Já joguei areia dentro de túmulos e já comprei meu caixão e minha vaga [quem quiser saber o lote, avisarei]. Já fiz coisas inimagináveis por amigos. Já jurei a mim mesma em segredo dar a vida por alguns amigos [aqueles que sabem que amo], já me decepcionei ou fui machucada por metade deles. Já pensei que amava e descobri que não. Já falei verdades e ouvi verdades. Já briguei, já esmurrei e chutei. Já chorei por mim e por alguém. Já chorei de saudade ou pela iminência da saudade. Já me dei. Já esqueci e fui esquecida.

Nunca amei e fui amada. Nunca um amigo me amou como eu sou capaz de amar [ok, uma pessoa]. Nunca recebi a mesma consideração que doei. Nunca amei de verdade um homem. Nunca soube o que foi abrir minhas asas de sagitariana de verdade.
Nunca saí daqui... Nunca.
Belos 20 anos os meus... Eu prometo... belos serão os próximos 20 anos.
E quando eu prometo, eu cumpro.

W.A.M.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Hoje vai ser uma festa!!!!!! (8)

O post hoje é especial. Especial não porque é sobre alguém, mas porque através desse alguém eu posso falar de companheirismo, bons momentos e amizade. Há alguns anos, conheci uma guria menor que eu (fato que já ajudou na minha felicidade hehe =x), com sardinhas fofas e um jeito decidido e único de sagitariana. Uma guria com a chuva tatuada no corpo que abre o sol no sorriso de qualquer um que convive com ela. Tudo começou devagar, apesar da empatia ter sido instantânea, com conversas ocasionais, shows e peripécias dentro de topics e nas ruas de Fortaleza. Bom, nessa época aí eu conheci uma pessoa "gente fina" e espirituosa, esse ano eu fui presenteada com uma companheira, parceira, amiga. A gente começou a conviver diariamente quando as minhas próprias esperanças estavam em maior queda que Wall Street, quando eu olhava (e ainda vejo) meus melhroes amigos longe de mim por falta de tempo e pessoas que amo estavam se distanciando. Eu estava quase sem alguém do meu lado para me lembrar o que é companheirsmo e parceria. Ela apareceu e quando a maioria das pessoas pode pensar que convivência só estraga relacionamentos (eu mesma acredito nisso), o nosso se fortaleceu. Ocasionado pelos sorrisos roubados, pelos surtos fora de hora, pelas marmotas, pela vontade de ser feliz, pela compatibilidade de idéais, gênios e personalidades, pela amizade. Cochichos tornam-se freqüentes, olhares entendem-se, internas formam-se. Bom, hoje ela está fazendo 23 anos. Três anos de diferença não são nada quando se é "adulto", mas posso dizer que aprendi e aprendo muito com ela. Obrigada, Natália, pelas gargalhadas que tirou de mim, pelos melhores almoços que tive, por fazer da Unifor um lugar menos maçante e por lembrar-me que parceria é imprescindível em uma amizade. Hoje eu posso declarar meu amor e admiração por você sem medo. Posso olhar pra nossa pequena trajetória juntas e lembrar de momentos marcantes e geniais. Sei lá mais o que dizer, creio que de uns tempos para cá, meu bom tato com as palavras está esvaecendo de alguma forma indefinida e inexplicável, ou talvez, isso só aconteça quando me dirijo à pessoas de real importância. Não sei pra que tantas palavras, na verdade, quando tudo o que há para dizer é que você é genial! Feliz aniversário!


W.A.M.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

From Robbin, the Williams, to a silly kid

Revi esse filme que gosto bastante hoje e, como muitos filmes, ele me deu um tapa na testa. Senti o Robbin Williams falando pra mim [tirando a parte que ele fala que não sei o que é perda ou ficar no hospital segurando a mão de alguém, sei fárias fêces, infelizmente] e nunca segurei a cabeça de um amigo, mas a vi estourada. Tá em inglês, porque vi o filme em inglês e transcrevi tal qual. Desculpe se há algum erro e divirta-se com minha testa:


You’re just a kid. You don’t have any Idea what you’re talking about.

If I asked you about art, you’d give me the skinny on every art book. Michelangelo. You know a lot about him: Life’s work, political aspirations, him and the Pope, sexual orientation, the whole works, right? But you can’t tell me what it smells like in the Sistine Chapel. You never actually stood there and looked up at that beautiful ceiling. Seen that.

If I asked you about women, you’ll give me a syllabus of your favorites. You may have even been laid a few times… but you can’t tell what it feels like wake up next to a woman and feel truly happy.

You’re a tough kid. I f I asked about war, you’ll probably through Shakespeare at me, right? “Once more unto the breach dear friends…” But you’ve never been near one. You’ve never held your best friend’s head in your lap and watched him gasp his last breath, looking to you for help.

I ask you about love, you’ll probably quote me a sonnet, but you’ve never looked at a woman and been totally vulnerable. Known someone who could level you with her eyes feeling like God put an angel on earth just for you, who could rescue you from the depths of hell and you wouldn’t know what’s like to be her angel, to have that love for her, be there forever, through anything, through cancer.

You wouldn’t know about sleeping sitting up in a hospital room for two months holding her hand because the doctors could see in your eyes the terms “visiting hours” don’t apply to you. You don’t know about real loss, because it only occurs when you love something more than you love yourself.

I doubt you ever dares to love anybody that much.

I look at you, I don’t see an intelligent, confident man. I see a cocky, scared shitless kid. But you’re a genius, Will. No one denies that.


W.A.M.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Você já dançou com o diabo sob a luz do luar?


"A Wânyffer tem esses olhos de predadora", alguém disse-me hoje.
Me lembro do professor que dizia que eu tinha o olhar da Capitú.

Dos homens que disseram que tenho olhos de ressaca.

Do cara que já disse que tenho olhos de cigana oblíqua.

De mim mesma ao espelho fitando aqueles olhos de serpente.

Os olhos de Capitú me perseguem.

Se a data de nascimento não negasse diria que o livro foi baseado, de alguma forma, em mim.
A cigana mais direta, a serpente menos dissimulada, a predadora em ressaca com seu próprio ser.
Assim como Capitú, imcompreendida por amar demais e pelo seu jeito oblíquo de amar.
A Capitú ressaqueada que trai apenas a si.
Uma Capitú que pensa que deveriam ser felizes só por ela tê-los olhado uma vez.

And you know you should be glad...
Dissimulada? Quem sabe...
Talvez eu seja só uma criminosa. ;]

W.A.M.

I've been a bad, bad girl
I've been careless with a delicate man
And it's a sad, sad world
When a girl will break a boy
Just because she can

Don't you tell me to deny it
I've done wrong and I want to suffer for my sins
I've come to you cause I need guidance to be true
And I just don't know where I can begin

What I need is a good defense
Cause I'm feelin' like a criminal
And I need to be redeemed
To the one I've sinned against
Because he's all I ever knew of love

Heaven help me for the way I am
Save me from these evil deeds
before I get them done
I know tomorrow brings the consequence at hand
but I keep livin' this day
like the next will never come

Oh help me, but don't tell me
to deny it
I've got to cleanse myself
of all these thoughts that I'm good
enough for him
I got a lot to lose and I'm
bettin' high
so I'm beggin' you before it ends
just tell me where to begin

What I need is a good defense
Cause I'm feelin' like a criminal
And I need to be redeemed
To the one I've sinned against
Because he's all I ever knew of love

Let me know the way
before there's hell to pay
Give me room to lay the law and let me go
I've got to make a play
to make my lover stay
So what would an angel say
the devil wants to know

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Experimente experimentar


Você já experimentou experimentar?
Deixar seu corpo livre e desocupar a mente focando-se em um só ponto, o único importante ponto a sua frente. Entrar em devaneios sem perder o foco.
Desejar um ponto e alcançá-lo, usá-lo e mantê-lo.
Fixar o olhar nele até que se confundam.
O olhos ficam vermelhos na vontade de alcançá-lo, a mente se perde.
Pensando nele você bate, esmurra, derruba... as mãos ardem e só depois se dá conta que elas sangram e, teoricamente, não apenas as mãos.
O desejo também sangra através dos olhos. Um tigre em uma eterna busca por mais.

W.A.M.

The greatest band ever walked on earth: