sexta-feira, 6 de abril de 2012

Maldição de Eros



Os gregos que me desculpem, mas Cupido não era um Deus, era sim um farmacêutico dos melhores. Essa tal de paixão não é nada mais que uma mistura de substâncias que deram errado:
Dopamina, feniletilamina e ocitocina. Sim, errado, pois elas só se encontram no início dessa patologia.

Pobre Eros [cupido], criou tantas substâncias, as misturou de forma genial e continua criança para sempre. Um menino pequeno, frágil e solitário que só cresce ao lado de seu companheiro Anteros (o amor partilhado), mas não demora muito e lá está o pobre, só mais uma vez, tentando entender que ingrediente esqueceu.

Ouso pedir licença ao senhor Eros, filho da bela Vênus, para dar-lhe um conselho. Talvez sua união a Anteros só se torne possível se antes ele faça mais uma experiência e descubra a fórmula do amor-próprio. Esse sim faz crescer, fortifica e transforma meninos em homens.

O menino Cupido está sempre unindo e tentando reconquistar seu amor, esquece que a felicidade não depende de estar com alguém, mas de estar bem consigo mesmo. O amor é dependente, a felicidade não.

Bom, não sou eu, leiga [com orgulho] em assuntos do coração que ensinarei a Eros algo. Se pudesse realmente fazê-lo ouvir-me, diria para ele libertar Crônos do tártaro. Só ele, o tempo, cura.

W.A.M.

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