Não adianta o quanto insistam, sou quadrada. Não nasci há muito tempo, nem cheguei a conhecer de fato os anos 80. Naquela época este notebook no qual escrevo nem ao menos era um protótipo.
Houve um tempo, e me recordo bem, no qual as pessoas iam às casas dos amigos pra conversar ou simplesmente ligavam. Se isso não fosse possível havia ainda a carta, que apesar de não permitir ouvir ou ver o outro, tinha a pessoalidade da letra escrita, elaborada a cada palavra, com jeitinho de cuidado e carinho.
Hoje, vejam só... há as redes sociais. E querem me convencer que elas aproximam as pessoas. Talvez os que moram em outros estados / países - infelizmente os outros meios ainda são deveras caros - mas é demais para eu entender por que alguns evitam o contato real pelo virtual.
Seria hipócrita se disesse que não as uso. Utilizo e bastante. Também sou do tipo que tem preguiça de conversas ao telefone, prefiro sms - há vezes que penso que tenho preguiça para pessoas. Porém não creio que elas aproximem ninguém, pelo contrário.
Vejo uma pressão social enorme para o uso dessas redes, principalmente o facebook. Quantas vezes passei o final de semana só em casa porque não atenderam o meu chamado e principalmente porque convidaram-me pelo tal facebook e não tive a chance - ou interesse - de acessá-lo. Em quantos aniversários amigos que estão de fato em meu coração não deixaram um reles 'parabéns! Tudo de bom' em minha página e não tiveram a educada consideração de ligar-me.
E isso não é só relacionado a mim. Conheço mais pessoas que corroboram com minha ideia. Poucas, mas conheço. Mesmo que a desconsiderem, não adianta o que digam, sou quadrada sim. Sou da época dos livros amarelados e das conversas na varanda. Nem mesmo sei usar um Ipad...
Bom, deve ser mesmo uma grande besteira o que escrevo, afinal, se não fosse esse blog talvez nem dividiria essas ideias estapafúrdias com alguém. .
Agora devo por fim nesse texto, hora de postá-lo no facebook. Até mais.
W.A.M.