O vazio sempre me completou. Talvez por falta de um bom preenchimento. Ou não, porque ser vazia é uma válvula de escape do sofrimento. Das dores de um coração que cansou de ser estraçalhado.
Tem horas que o vazio não mais preenche a não ser de solidão, tédio e desamor. Um recheio sem o aroma daquele perfume amadeirado, sem a visão de um sorriso bonito, sem ouvir palavras excitantes, sem o gosto do outro, sem o tato de uma mão protetora... Os sentidos se perdem na imensidão de uma cratera de insensibilidade. Perfeita por um tempo para proteger-se de uma dor maior. Depois apenas um esconderijo de si mesma e da capacidade de fazer alguém feliz.
Agora vejo um invólucro duro e sem vida utilizado como subterfúgio de uma vida sem emoção. Só não inquebrável. O desafio está aí... Será que alguém consegue quebrar?
W.A.M.
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