Deu trabalho limpar a sujeira. Não importa o quanto limpasse, continuaria sujo. Todos os espelhos estavam quebrados, mas assustava ver que os cacos continuavam refletidos no chão.
A casa agora estava livre daquela feia, gorda, grossa, amarga como chá de tia velha. A visão mais real vindoura de quem melhor me conhecia: eu mesma.
Olhos vermelhos de dor, voz rouca de clamar ajuda de quem melhor poderia ajudar... mas não estava a disposição. Nunca tinha certeza de resposta.
Não sabia telefones decorados nem tinha na agenda algum repetido diariamente. Nada de certezas... apenas a de que estava rodeada por vários "irmãos" e isso deveria bastar.
Não conseguia ter companhia. Estava bem só. Mas me sentia tão só...
W.A.M.